Foi recentemente assinado um contrato que respeita à construção de um troço ferroviário que ligará Sines, á fronteira do Caia em Elvas, e que pretende ser uma resposta ao aumento de mercadorias naquela infra-estrutura portuária do litoral alentejano e que não tem em conta o horizonte temporal, com as perspectivas de crescimento, com base no aumento da capacidade do terminal de contentores existente, e a construção a breve trecho, do futuro Terminal Vasco da Gama.
Perante a perspectiva de um crescimento acentuado, face aos projectos prestes a serem desenvolvidos, os quais vão fazer aumentar o número de composições ferroviárias de e para Sines, a visão reduzida de alguns, poderá fazer com que a resposta projectada para o presente, não tenha viabilidade no futuro, aumentando por isso os custos, e adiando o resultado de um previsível benefício.
Todos sabemos que nestes processos, existe sempre o reverso da medalha no que diz respeito à transparência dos mesmos, ao cumprimento de prazos e aos custos elevados que os mesmos representam para o Estado, os quais a somar à necessidade de num futuro terem de vir a ser realizadas obras de construção de uma via dupla, poderá vir a ter um custo mais elevado do que o inicialmente previsto.
O desconhecimento por parte dos cidadãos deste tipo de jogadas, só é perceptível, quando os portugueses são confrontados com o aumento de impostos, que servem nem mais nem menos, para cobrir o resultado das más opções governamentais.