O PS a ser PS

O PS a ser PS

O PS a ser PS

21 Junho 2021, Segunda-feira

Os candidatos do PS em Setúbal às próximas eleições autárquicas, numa iniciativa realizada em formato de campanha eleitoral, garantem que o cheque para as obras de ampliação do Hospital de São Bernardo “já deu entrada na conta bancária do Centro Hospitalar”. O concurso para a obra, asseguram, “será lançado até Agosto próximo” e preveem que as obras de construção das novas urgências tenham “início antes do final de 2021”, e estejam “concluídas em 2023”, como é noticiado na edição de 16 de junho passado deste jornal.

Se assim é, e esperamos que sim, estaremos todos de parabéns, embora o estejam muito mais os que batalharam para que este investimento fosse tornado realidade, o que expurga deste elogio as manobras oportunistas de um PS a ser PS, ou seja, um partido com duas caras que apenas se mobiliza para fins eleitoralistas. Este é o mesmo partido que, sistematicamente, assume uma posição na região de Setúbal e outra no Governo, que põe uma cara sorridente para afirmar que o cheque já cá está, mas que procura esconder a sua incapacidade e inação durante todo este tempo.

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A necessidade de investimento no Serviço Nacional de Saúde, e em especial o reforço das condições do Hospital de São Bernardo através da sua ampliação, é uma antiga reivindicação das populações, dos profissionais de saúde e da Câmara Municipal de Setúbal, que têm desenvolvido, ao longo dos anos, um conjunto de iniciativas e denúncias em torno desta questão.

Já em Março de 2019, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) aprovara o Projeto de Construção de um novo edifício para o Hospital de São Bernardo. Ainda no final desse mesmo ano, o próprio PS, a ser PS, afirmando em Setúbal a necessidade de investir no SNS e no novo edifício para o Hospital de São Bernardo, deixava de fora do Orçamento do Estado para 2020, proposto pelo mesmo PS, a verba que possibilitaria o arranque da obra, contrariando compromissos públicos e deliberações do anterior Governo.

Mais um ano passado e, na discussão do Orçamento do Estado para 2021, o PS volta a ser PS e também não incluía, na proposta original apresentada pelo Governo PS, nenhum plano para a concretização da obra, tendo a necessária verba sido acrescentada posteriormente por proposta do PCP.

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Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém e, por isso, é importante manter o apelo à população para que se mantenha atenta e interveniente para que o investimento agora anunciado, e de que muito precisa o nosso SNS e, em particular, o Hospital de São Bernardo, seja efetivamente concretizado.

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