Repentinamente uns tantos privilegiados viram os céus iluminarem-se com um risco luminoso que rapidamente desapareceu deixando esses privilegiados alarmados e receosos.
Iria aquela bola de fogo embater algures com a superfície da nossa Terra? Foram uns instantes e choveram, nos noticiários, opiniões de alguns mais esclarecidos, de muitos alarmistas e de alguns especialistas destas coisas do Espaço. Choveram as explicações, umas, a maioria, sem bases científicas e outras, poucas, próximas da realidade científica.
Era certamente um fragmento rochoso que se separara dum qualquer planeta ou cometa algures a milhares de quilómetros, algures no espaço sideral onde também a nossa Terra se move. E neste fragmento de tempo, nada sabendo das distâncias, do tamanho e da velocidade, nenhuma conjetura podia ser real até porque para o comum dos cidadãos não são compreensíveis velocidades do som ou distâncias medidas em “anos-luz”. Não há noção da velocidade com que a nossa Terra gira sobre si mesma ou como gira à roda do Sol.
Possivelmente alguém ouvira dizer, ou lera, que um meteorito chocara com a Terra e fora responsável pelo desaparecimento dos dinossauros de que conhecemos algumas pegadas, até entre nós, já lá vão uns milhões de anos.
Foi legítima a curiosidade, havia razão para fantasias e até medos que fizeram esquecer uma guerra atómica que pode estar “por um fio” ou a tomada de consciência de que o nosso mundo pode estar inabitável dentro de quatro ou cinco décadas pelas chamadas alterações climáticas que alvoraçam a juventude e os cientistas conscientes.
É boa altura para nos informarmos e termos umas noções rudimentares sobre o que é o espaço sideral e como nasceu, sobre a doutrina do “big-bang” e o posterior arrefecimento e a formação de estrelas com os seus planetas como satélites , isto é, saber um mínimo sobre o nosso planeta Terra (onde vivemos).
O sol que nos aquece e ilumina e sobre os vulcões, as alterações climáticas, sobre as origens dos seres vivos e a sua evolução e sobre a origem do homem (o homo-sapiens, sapiens), o que são placas tectónicas causadoras dos tremores de terra, como se formam tufões, inundações, golpes de calor e muitas variações dos climas.
E sejamos práticos: Será que todos sabem porque é necessário um estudo ambiental para se fazer o desejado aeroporto novo? Que o tal risquinho luminoso que uma meia-dúzia de privilegiados viram durante escassos segundos nos faça nascer a curiosidade para tantos problemas que abordámos acima no corpo deste artiguinho. Que a curiosidade não dure os mesmos curtos segundos que durou o tal risco luminoso e caia no esquecimento e na ignorância em que hoje quase todos vivemos, mesmo tendo ao dispor a inteligência artificial e facilmente podermos recorrer a ela com esse aparelhinho que todos trazemos na algibeira! Ou talvez por isso mesmo tenhamos o mundo à beira do colapso, pela guerra, pela quase ausência dos chamados valores!
Que o tal risquinho luminoso faça nascer em todos nós como se deve na realidade viver e nos relacionarmos uns com os outros sem ser na ânsia do ser e do poder.
Ainda haverá tempo para isso? Só a juventude vai tendo consciência sobre estes perigos reais.
