O grande drama dos nossos dias

O grande drama dos nossos dias

O grande drama dos nossos dias

, Ex-bancário, Corroios
18 Dezembro 2018, Terça-feira
Francisco Ramalho - Ex-bancário
Francisco Ramalho – Ex-bancário, Corroios

O sistemático incumprimento de promessas eleitorais e a subordinação da social-democracia e da democracia cristã ao capitalismo, que, como é da sua natureza, está cada vez mais monopolista, explorador e predador, leva a uma generalizada desilusão e desespero das massas que dão crédito a demagogos, populistas  e fascistas, chegando os mesmos, um pouco por todo o mundo, ao poder.  Entre nós, como se sabe, PSD e CDS em conjunto com o PS, participaram em todas as privatizações de empresas que davam lucro e os seus governos, nomeadamente o ultimo, foi de total subordinação à Tróica e ao grande capital. Um governo de autêntico desastre nacional, travado pelo atual governo do PS com o apoio parlamentar que se sabe. E então, graças às propostas dos partidos à sua esquerda, principalmente do PCP e da  sua luta e da CGTP, os trabalhadores e o povo em geral, conseguiram algumas melhorias. Mas o PS, fiel à sua orientação de conciliação com o grande capital e de subordinação à União Europeia, impede que essas melhorias sejam bem mais substanciais. E aí temos Professores, enfermeiros, bombeiros. Guardas prisionais, trabalhadores da Função Publica, estivadores, etc. a reclamarem os seus justos direitos.

Mais dois exemplos paradigmáticos da prática do PS, da tal política que leva ao desespero das massas: o caso da luta dos estivadores do porto de Setúbal, e o seu papel no orçamento da câmara do Seixal. No primeiro caso, perante a gritante injustiça de trabalhadores há décadas na incerteza da  precariedade, com  contratos a prazo, muitos apenas por um dia, em vez de solucionar de vez tal injustiça, manda a polícia de choque para proteger outros trabalhadores arrebanhados pela entidade patronal para substituir os trabalhadores em luta pelos seus justos direitos. No caso do orçamento do Município Seixalense para 2019, onde a esmagadora maioria das propostas da oposição foram consideradas; as 8 que o PSD apresentou, 13 das 19 do CDS, as 30 do PAN,  e 29 das 30 do BE.  Pois bem, em relação ao PS, depois de reunir, como com todos os outros partidos, com representantes da CDU, e de ficar até ao ultimo dia de dar a sua contribuição, não apresentou uma única proposta. E, com exceção do BE que se absteve, juntou-se aos restantes partidos e ao presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro (que também não apresentou qualquer proposta)  e votou contra. Votou contra um orçamento  2,5 milhões de euros superior ao anterior.

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Portanto, ao que leva a ânsia de poder. Ao que leva a estratégia para o alcançar. Voltando ao principio, ao que leva a política da social-democracia e da democracia cristã. Leva ao grande drama dos  nossos dias; a abertura das portas ao fascismo.

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