O Aquecimento Global é mesmo verdade?

O Aquecimento Global é mesmo verdade?

O Aquecimento Global é mesmo verdade?

21 Janeiro 2018, Domingo

Como entusiasta de ciência que sou, gosto de conhecimento bem fundamento e abomino palavras vazias e frases parcas. Nesse sentido, dedico a minha crónica desta semana a escrutinar o tema do aquecimento global.
Svante Arrhenius foi um cientista sueco que teve o pináculo da sua carreira nos finais do século XIX. Foi o primeiro a propor que o dióxido de carbono (CO2) emanado das fábricas criava um efeito de estufa que aprisionava o calor no globo. As suas preposições estavam certas mas Arrhenius era bastante otimista: a situação só se tornaria alarmante se o CO2 na atmosfera duplicasse e, ao ritmo marcado pela época, isso não aconteceria por outros três milénios.
Mais de 120 anos depois, as suas conclusões continuam verossímeis, mas a industrialização nunca parou de crescer. Esses três milénios de CO2 chegaram em pouco mais de um século.
Arrhenius falhou em prever as verdadeiras consequências de uma atmosfera saturada de CO2. O aquecimento do planeta é a menor das nossas preocupações. A primeira é a subida do nível da água do mar pelo degelo das calotes polares. Zonas costeiras ficarão totalmente submersas, incluindo mais de metade do distrito de Setúbal, provavelmente, o distrito português mais afetado.
Tanta água gelada a misturar-se nos oceanos tem um profundo impacto na Corrente do Golfo que banha toda a Europa ocidental e América do Norte com as suas águas quentes. Alterando essas correntes, estes continentes incorrerão numa assoladora idade do gelo. Não que o leitor tenha de se preocupar. Temos lareiras, aquecedores e casas bem acolhedoras para nos abrigarmos quanto tempo for preciso, mas o mesmo não pode ser dito do gado, plantas e cereais que necessitamos para comer. Ironicamente, o aquecimento global congelará todo o hemisfério Norte. A fome, as doenças e o caos perseguir-nos-ão a todos.
Quando o CO2 entra em contacto com a água do mar, dá-se uma reação química e forma-se ácido carbónico dissolvido. Isso contribui para a acidificação em larga escala dos oceanos que prejudica toda a vida marinha. Todas as cadeias alimentares oceânicas começam no plâncton, um pequeno micro-organismo que alimenta peixes pequenos, que por sua vez alimentam peixes maiores. Sem o precioso balanço de acidez, o plâncton escasseará e mais de um terço de toda a vida marinha poderá enfrentar uma extinção em massa sem precedentes. Nem o bacalhau poderá estar a salvo.
Secas extremas num lado, tempestades tropicais noutro. Cheias de proporções bíblicas e chuvas ácidas incessantes. Eventos catastróficos e imprevisíveis assolarão o nosso planeta e não prometem misericórdia. O aquecimento global é mentira, não existe! O que existe é a inconstância global. E isso é verdadeiramente incontrolável.
O clima é, por natureza, instável, imprevisível e a sua mudança gradual. Vai contra o nosso instinto acreditar numa transformação brusca sem haver presságios evidentes. Porém, estamos a ficar sem tempo para continuar a debater a viragem do clima. É um facto e cabe-nos a nós, enquanto cidadãos deste planeta, promover a mudança e eleger líderes que representem os nossos melhores interesses.
Enche-me de esperança saber que quando se colocou a hipótese de o buraco na camada de ozono insurgir de ações humanas, ninguém quis acreditar; mas quando a situação ficou grave de mais para continuar a ser negligenciada, a humanidade deu as mãos e fez história. Todas as nações uniram-se num esforço único e conjunto para remendar o planeta. E o planeta foi salvo!
Cabe-nos a nós decidir se queremos ser a geração que assistiu inerte à desolação do planeta ou se queremos que a história nos recorde como a geração que (mais uma vez) salvou o planeta!

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