O apagão de Abril e que nos obrigou a repensar o trabalho!

O apagão de Abril e que nos obrigou a repensar o trabalho!

O apagão de Abril e que nos obrigou a repensar o trabalho!

19 Maio 2025, Segunda-feira
Formado em Gestão de Recursos Humanos

O apagão elétrico que Portugal viveu no dia 28 de abril de 2025, teve impactos evidentes: empresas paradas, serviços interrompidos, e emergiu a dependência excessiva dos sistemas digitais exposta à luz do dia. Mas, enquanto profissional de Recursos Humanos, vejo nesta crise técnica uma oportunidade para repensarmos práticas e políticas no seio das organizações.
Privados da conectividade, muitos trabalhadores libertaram-se da pressão constante e puderam reencontrar tempo para estar com a família e reconectar-se com a sua esfera pessoal. Foi um vislumbre claro do que significa, na prática, promover a conciliação entre a vida profissional e pessoal — um dos pilares que deve orientar as políticas de RH no futuro imediato.
Além disso, o este episódio revelou como a desconexão digital forçada permitiu recuperar o contacto humano direto, reduzir a sobrecarga informacional e aliviar o stress, um dos grandes desafios na prevenção do burnout.
Deste prisma, lições concretas para os gestores de pessoas devem ser consideradas, tais como:

Programas de desenvolvimento de competências emocionais e gestão da incerteza, essenciais para preparar equipas para reagirem com resiliência e evitar comportamentos ansiosos ou disfuncionais em cenários de crise.
O comportamento social registado com picos de consumo irracional e corrida aos bens essenciais é um alerta claro de que a literacia emocional, a cultura de resiliência e a preocupação com os outros precisam de ser reforçadas também em contexto organizacional.
Se quisermos retirar as devidas aprendizagens deste episódio, temos aqui uma oportunidade para reconfigurar o modelo de trabalho dominante, tal e qual como havíamos efetuado na pandemia Covid-19, sendo menos dependente da hiperconectividade, mais flexíveis, mais saudáveis e sobretudo mais humanos.
É tempo de as organizações assumirem a liderança nesta transformação, promovendo não apenas eficiência e produtividade, mas também equilíbrio, saúde emocional e coesão social. Precisamos de um modelo de trabalho mais equilibrado e mais humano.
O apagão de abril foi um alerta! A verdadeira luz que precisamos de acender agora, são as políticas laborais mais conscientes, que devolvam tempo às pessoas, reforcem as relações humanas e preparem equipas para enfrentar desafios com resiliência e solidariedade.
Porque, no final, as empresas são feitas de pessoas e é na energia humana que reside o verdadeiro motor das organizações e não entre cabos!

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Flexibilização efetiva dos horários e modelos híbridos, adaptados às necessidades individuais e familiares;

Políticas estruturadas de desconexão digital, com tempos protegidos de silêncio comunicacional, entre trabalhador e organização;

Valorização do contacto humano presencial, criando espaços para relações interpessoais autênticas;

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  • Flexibilização efetiva dos horários
    e modelos híbridos, adaptados
    às necessidades individuais e familiares;
  • Políticas estruturadas de desconexão
    digital, com tempos protegidos
    de silêncio comunicacional,
    entre trabalhador e organização;
    O apagão de Abril e que nos
    obrigou a repensar o trabalho!
    OPINIÃO
    Diogo Bernardo
  • Valorização do contacto humano
    presencial, criando espaços para
    relações interpessoais autênticas;
  • Programas de desenvolvimento
    de competências emocionais e
    gestão da incerteza, essenciais para
    preparar equipas para reagirem com
    resiliência e evitar comportamentos
    ansiosos ou disfuncionais em cenários
    de crise.
    O comportamento social registado
    com picos de consumo irracional
    e corrida aos bens essenciais é um
    alerta claro de que a literacia emocional,
    a cultura de resiliência e a
    preocupação com os outros precisam
    de ser reforçadas também em
    contexto organizacional.
    Se quisermos retirar as devidas
    aprendizagens deste episódio, temos
    aqui uma oportunidade para
    reconfigurar o modelo de trabalho
    dominante, tal e qual como havíamos
    efetuado na pandemia Covid-
    19, sendo menos dependente da
    hiperconectividade, mais flexíveis,
    mais saudáveis e sobretudo mais
    humanos.
    É tempo de as organizações assumirem
    a liderança nesta transformação,
    promovendo não apenas
    eficiência e produtividade, mas
    também equilíbrio, saúde emocional
    e coesão social. Precisamos de um
    modelo de trabalho mais equilibrado
    e mais humano.
    O apagão de abril foi um alerta! A
    verdadeira luz que precisamos de
    acender agora, são as políticas laborais
    mais conscientes, que devolvam
    tempo às pessoas, reforcem as relações
    humanas e preparem equipas
    para enfrentar desafios com resiliência
    e solidariedade.
    Porque, no final, as empresas
    são feitas de pessoas e é na energia
    humana que reside o verdadeiro
    motor das
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