No próximo dia 5 de novembro os eleitores americanos vão ser chamados às urnas. Eles votam numas eleições com inequívoco impacto mundial, a que nenhum país pode ser indiferente. Estes eleitores têm a particularidade de também escolherem por nós, dada a influência não negligenciável que os EUA têm à escala global.
Apesar de vivermos hoje num mundo com vários polos de poder, os EUA são a superpotência de destaque com indicadores relevantes em inúmeros domínios com enorme influência.
Não admira, por isso, que os media de todo o mundo estejam a seguir com atenção o processo eleitoral americano.
De facto, no início de novembro, os americanos vão escolher 538 delegados para o colégio eleitoral que tem a incumbência de eleger o Presidente e o Vice Presidente, exatamente porque as eleições para esses dois cargos são eleições indiretas.
Com a renúncia de Joe Biden e a entrada em cena de Kamala Harris, as sondagens, anteriormente desfavoráveis aos Democratas, passaram a favorece-los, com registo positivo nos Estados tidos por fundamentais.
Também a entrada na corrida para Vice Presidente de Tim Walz, Governador do Estado de Minnesota, personagem com provas dadas de credibilidade pública pelas politicas progressistas que dinamizou, inclusive na luta pelas igualdades, reforçou as expetativas.
A postura da candidata do Partido Democrata e do seu Vice, apresentando-se ambos com um sorriso largo de esperança, e com políticas coerentes, inclusive no plano económico, fundamentadas no reforço da classe média, opõem-se à politica ultra conservadora de Trump e do seu candidato a Vice, J. D. Vance,.
É bom avivar a memória. Durante o mandato como Presidente da República, Donald Trump retirou os EUA do acordo de Paris sobre as alterações climáticas, fez o mesmo do acordo nuclear com o Irão, reconheceu Jerusalém como capital de Israel, e chegou mesmo a ter duas resoluções de impeachment, não descurando a ação que teve na invasão do Capitólio, invocando eleições fraudulentas na eleição de Joe Biden, e as dezenas de processos que tem a contas com a Justiça.
É que Trump é mesmo “no mínimo esquisito” como refere apropriadamente o candidato democrata a Vice, Tim Walz.
Eu votaria em Kamala Harris e em Tim Wlaz, sem dúvidas, por terem a ver com a liberdade e a defesa dela, condições de enorme importância. Mas estranho que o Secretário Geral do PSD, Hugo Soares, numa entrevista recente a um semanário, tenha manifestado dúvidas em quem votar. É, também, no mínimo esquisito. Ou talvez não…!.
Que Kamala vença! Vence o melhor para o mundo.