Não sei o que tenho… Será que preciso de ajuda? O papel fundamental da Avaliação Psicológica

Não sei o que tenho… Será que preciso de ajuda? O papel fundamental da Avaliação Psicológica

Não sei o que tenho… Será que preciso de ajuda? O papel fundamental da Avaliação Psicológica

23 Dezembro 2025, Terça-feira
Psicoterapêuta

Há momentos em que sentimos muito, mas dizemos pouco. Momentos em que as emoções nos ultrapassam e faltam as palavras. E há também fases em que não compreendemos o que se passa dentro de nós, nem o caminho que nos levou ao estado emocional em que nos encontramos.

A avaliação psicológica — um processo científico e estruturado, realizado exclusivamente por psicólogos — permite compreender de forma aprofundada o funcionamento emocional, cognitivo e comportamental em qualquer idade, através de instrumentos validados que permitem ao psicólogo obter uma visão global e rigorosa das características e necessidades do indivíduo.

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Na avaliação psicológica em crianças, para além dos testes formais, utiliza-se o espaço lúdico, onde a criança comunica através do jogo, do desenho e da brincadeira. Este material simbólico permite aceder a conteúdos internos que ainda não encontram expressão verbal. Recorre-se também a provas projetivas e outros instrumentos que revelam como a criança pensa, sente e interpreta o mundo.

Motivos frequentes de avaliação incluem:

  • Mudanças no comportamento
  • Dificuldades escolares ou de aprendizagem
  • Dificuldades de atenção e concentração (incluindo suspeita de PHDA)
  • Birras intensas ou dificuldades emocionais
  • Ansiedade ou baixa autoestima
  • Alterações no sono ou no apetite
  • Desafios sociais
  • Transições importantes (entrada na escola, separação dos pais)

Nos adultos, a avaliação clarifica vivências internas e padrões menos conscientes. Pode ser útil para:

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  • Ansiedade, depressão ou sofrimento emocional
  • Dificuldades relacionais
  • Burnout e exaustão
  • Problemas de atenção, memória ou concentração
  • Traumas, luto ou crises de vida
  • Bloqueios emocionais
  • Orientação para psicoterapia ou outras especialidades

É um processo que dá linguagem ao que muitas vezes permanece confuso ou silenciado.

No idoso, este processo é essencial para compreender:

  • Alterações de memória e funcionamento cognitivo
  • Declínio intelectual ou suspeita de demência
  • Mudanças emocionais do envelhecimento
  • Perdas sucessivas e adaptações
  • Impacto psicológico de doenças crónicas
  • Necessidades de autonomia e cuidados específicos

A avaliação traz clareza e orientação para a pessoa idosa e para a família.

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Um processo para compreender e cuidar

Em qualquer fase da vida, a avaliação psicológica não rotula: revela. Ajuda a compreender como cada pessoa pensa, sente e se relaciona com o mundo, permitindo definir estratégias e encaminhamentos adequados.

Tal como fazemos exames médicos quando o corpo dá sinais de alerta, a avaliação psicológica funciona como a radiografia da mente: torna visível aquilo que se sente por dentro, mesmo quando não se consegue nomear.

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