Morte de Mário Soares apanhou região em modo fim-de-semana

Morte de Mário Soares apanhou região em modo fim-de-semana

Morte de Mário Soares apanhou região em modo fim-de-semana

9 Janeiro 2017, Segunda-feira
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É estranha a forma como a região – as instituições de uma forma geral – (não) reagiram à morte de Mário Soares

Atendendo à dimensão do antigo Presidente da República e ex-primeiro-ministro, e ao seu impacto na história e na vida nacional, é relativamente reduzido o volume de reacções das instituições e dos protagonistas regionais. Por exemplo, na redacção do DIÁRIO DA REGIÃO, e até ao fecho desta edição, recebemos somente duas reacções de organizações locais. Apenas as Câmaras Municipais de Setúbal e Almada fizeram chegar notas de imprensa.
Até dos partidos políticos, a nível local e regional, o silêncio foi absoluto, incluindo da parte do PS, nas suas diversas organizações concelhias e federação distrital.
Esta parca actividade contrasta com o que vimos noutras regiões do País, através, por exemplo, dos relatos da agência Lusa, onde se multiplicaram reacções municipais e partidárias de diversos concelhos. Do distrito de Setúbal não houve uma única.
Como explicar este silêncio ensurdecedor?
Por que a morte ocorreu ao fim-de-semana (em que os municípios, por exemplo, têm os seus serviços encerrados)? Por que se trata de uma morte anunciada ou esperada? Por que estamos no ‘distrito vermelho’?
As razões serão estas todas e várias outras, mas não deixa de ser um pouco estranho.
Por parte do povo ouvi muitas opiniões no sentido, genérico, de que Mário Soares não fez apenas muito pelo País, de que também fez muito por si próprio. Será esta também uma razão?
Não tenho resposta para estas perguntas, mas há uma coisa que creio ser da mais elementar justiça, humana e histórica: Por mais controverso que possa ter sido o percurso de Mário Soares, Portugal e os portugueses devem, nesta hora do seu desaparecimento, prestar homenagem ao contributo decisivo que deu para a construção da nossa Democracia.
Mário Soares ficará na história como o ‘pai’ da democracia moderna portuguesa. Isso não é tudo, mas é muitíssimo, e mais do que suficiente para não regatearmos o reconhecimento unânime que lhe devemos.

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