Perante o estado a que chegou o nosso planeta, a nossa casa comum, devido a tantos danos que lhe temos provocado, diretamente, ou através das alterações climáticas de que também somos responsáveis, se quisermos cá continuar, sobretudo os mais novos e os vindouros, deveríamos era andar com ele nas palminhas. No entanto, apesar de repetidos e terríveis avisos; secas, furacões, chuvas torrenciais, aumento da temperatura, degelo e outras alterações cujas consequências, dramáticas, mesmo algumas, o que é que vemos? Que estupidamente não temos emenda. Que tantas espécies já se finaram, e se continuarmos assim, seremos mais uma. Mas, devagar! Porque se fosse rapidamente, aí, parávamos.
Hoje, não vou referir os grandes ataques, ou crimes, como a continuada e até aumentada utilização de combustíveis que geram gases com efeito de estufa, as grandes desmatações, as extensas monoculturas e plantações intensivas e super-intensivas que visam sobretudo o lucro e que empobrecem e esgotam os solos.
Hoje, vou falar de outros mais pequenos maus exemplos, fruto da ignorância, da irresponsabilidade, da insensibilidade e da falta de civismo. A nível individual, mas também colectivo, incluindo entidades oficiais e o próprio Estado.
Alguns exemplos aqui na região: nas bermas do troço ferroviário entre as estações de Roma/Areeiro e Campolide, sobretudo no sentido norte sul, há imenso lixo acumulado há muito tempo. Sobretudo garrafas e outros recipientes de plástico. Nas barreiras da auto-estrada do sul, mais junto e do lado da estação da Fertagus em Corroios onde existe uma zona de estacionamento explorada por esta empresa, idem. Supomos que a concessionária Brisa, de tempos a tempos, procede à desmatação. Os arbustos e erva crescida é cortada, mas o lixo, mais uma vez, muitas garrafas de água de plástico e não só, fica lá.
Aqui ficam, mais uma vez, os reparos à Infraestruturas de Portugal e à Brisa. O mesmo acontece com a lixeira junto à via rápida da Costa da Caparica. Fui lá de propósito na passada quarta-feira. Parte do lixo foi removido, mas muito ainda lá ficou. Sobretudo nas bermas da estrada de terra batida e junto das casas demolidas. Onde, mesmo assim, há gente que lá mora. O entulho ficou, assim como muito lixo.
Outro mau exemplo, mesmo no coração de Lisboa, é na Praça do Martim Moniz. Sobretudo nos espaços “ajardinados” laterais. É lixo por todo o lado e as águas dos lagos artificiais que poderiam até ter peixes, têm é também lixo e estão escuras e pútridas.
Claro que a nível nacional, casos destes, são mais que muitos. Por exemplo, nas bermas de estradas e caminhos secundários. A causa é sempre a mesma: a nossa triste falta de civismo. Nossa, que será uma minoria! Mas a maioria não se incomoda muito. Assim como as entidades referidas e tantas outras incluindo a principal representante do Estado: o Governo. Podia e devia fazer bem mais no campo da sensibilização, prevenção e penalização. Tem meios para isso. Quem perde é o ambiente, o planeta, todos nós.