Jornadas Parlamentares do PCP na Região de Setúbal

Jornadas Parlamentares do PCP na Região de Setúbal

Jornadas Parlamentares do PCP na Região de Setúbal

22 Junho 2022, Quarta-feira
Bruno Dias

As Jornadas Parlamentares são um momento particularmente importante da atividade na Assembleia da República. Na próxima semana, segunda e terça-feira (27 e 28 deste mês), o PCP realiza as suas Jornadas na Península de Setúbal, destacando e valorizando esta região e dando voz à sua realidade.

Com o debate e a reflexão para a preparação das propostas, com o conhecimento e o estudo mais aprofundado das matérias em discussão na AR e das iniciativas legislativas em causa, as Jornadas Parlamentares do PCP assumem ainda uma característica de especial significado: são jornadas de trabalho e de contacto no terreno, junto das populações, junto das estruturas, movimentos e organizações que trabalham e lutam para o país avançar.

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Estamos com os trabalhadores, visitamos empresas, contactamos com os sectores produtivos, da agricultura e das pescas à indústria. Debatemos com os movimentos associativos, com os corpos de bombeiros, os problemas que se fazem sentir e as soluções que são necessárias para lhes dar resposta.

Estas Jornadas Parlamentares do PCP serão dedicadas às questões essenciais que se colocam hoje na Região e no País: “Travar o aumento de preços, valorizar salários e pensões, promover a produção nacional”. As múltiplas visitas, reuniões, encontros com a populações que terão lugar nesse âmbito vão permitir melhor conhecer (e dar a conhecer) a realidade atual e dar voz na AR a esta luta incontornável do nosso tempo.

Na segunda-feira dia 27 lá estaremos, em Palmela, para o arranque dos trabalhos destas Jornadas Parlamentares do PCP, com os deputados e quadros comunistas, autarcas, ativistas, diversos convidados, participando numa Sessão de Abertura com o Secretário-Geral do PCP Jerónimo de Sousa.

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Há poucos dias, um jornal nacional publicava (mais) um retrato do que está a ser a realidade dos sectores produtivos e da produção nacional. Podia ler-se nas palavras de um pescador entrevistado por esse jornal: «os pescadores passam a noite no mar para vender o cabaz de sardinha a 20 euros. Um cabaz são 400 sardinhas. Quando lhe pedirem dois euros por uma sardinha já pode fazer contas e perceber que nós somos quem ganha menos com isto».

É esta a situação que estamos a enfrentar e temos de ultrapassar: a vida cada vez mais cara, com preços exorbitantes e salários e pensões que perdem poder de compra – e ao mesmo tempo, a pequena pesca, a agricultura familiar, as micro pequenas e médias empresas a ficar cada vez mais longe da justa compensação pelo que produzem.

Por outro lado, com a Habitação a ser tratada cada vez menos como um direito consagrado na Constituição, e cada vez mais como um negócio milionário para os mais ricos e poderosos acumularem lucros fabulosos à custa dos sacrifícios e dificuldades da população, é preciso levar mais longe a ação de luta e de proposta para inverter a situação atual. Já na semana passada, o PCP levou à AR o debate com o seu projeto de lei para defender os inquilinos e garantir mais estabilidade aos contratos de arrendamento. Já basta de famílias inteiras a ser expulsas das suas casas e dos seus bairros, e de rendas astronómicas a deixar pessoas sem teto e sem futuro. É particularmente significativo que o PS tenha dado as mãos ao PSD, ao Chega e à Iniciativa Liberal, votando contra a proposta do PCP. Cá está a maioria absoluta do PS…

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Com o debate, a reflexão e a proposta que o PCP promove com estas Jornadas Parlamentares, teremos mais e melhor iniciativa e intervenção, numa luta que continua e que será decisiva para o nosso futuro coletivo. Vamos a isto. Ao trabalho, então!

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