São ou não importantes as sessões sobre orientação sexual nas escolas?
No seguimento da polémica entre Bruno Vitorino (PSD) e Joana Mortágua (BE) sobre a sessão de uma associação LGBTI na Escola EB 2/3 da Quinta da Lomba, no Barreiro, convidámos os dois deputados para um frente-a-frente sobre o tema.
Bruno Vitorino aceitou mas o debate não vai realizar-se porque Joana Mortágua, dois dias depois do convite do jornal, acabou por declinar.
É uma pena, porque seria uma excelente oportunidade para debater um tema do maior interesse. Não pelo mediatismo que o caso do Barreiro gerou, mas pela substancia da matéria porque, com ou sem reflexão pública, esse caminho está a ser feito e as sessões nas escolas vão-se fazendo.
Por exemplo, a Rede Ex Aequo, que esteve na escola básica do Barreiro e que se define como uma “associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo”, realizou, no ano lectivo passado, 78 sessões em escolas secundárias e 31 em escolas básicas. Para este ano tem agendadas 126 sessões.
São muitas centenas de jovens e crianças, sendo que as sessões são feitas por voluntários.
Há muitas questões que gostávamos de ver debatidas por Joana Mortágua e Bruno Vitorino.
Por exemplo: Porque é importante esta abordagem nas escolas? A partir de que idades? Devem ficar-se pela sensibilização para a igualdade e não discriminação ou aprofundar a orientação sexual? Não é importante controlar a preparação dos oradores? Não há o perigo de identidade de género confundir-se com ideologia de género? Porque é que diz que estas sessões são uma porcaria?