Apesar de não ser assim tão pequeno (6 vezes maior que Portugal, 28 milhões de habitantes) antes de se passar o que lá se passa; a maior crise humanitária atual do mundo, segundo o próprio secretário-geral da ONU, quem é que já tinha ouvido falar do Iémen? E mesmo agora, anda aí nas bocas do mundo? É assunto dos media mundiais? Evidente e desgraçadamente que não! A face mais visível da imensa tragédia do Iémen, foi a divulgação da imagem chocante, captada pelo fotojornalista Tyler Hicks ,da menina esquelética de 7 anos, Amal Hussain, que, entretanto, faleceu.
O Iémen, tem o azar de fazer fronteira com a poderosa, riquíssima e fanática Arábia Saudita. E, por não ser política e religiosamente alinhado com ela, e ainda por ter a dignidade de não se lhe submeter, tem sido alvo da ira dos tiranos sauditas que o transformaram num caos com milhões de pessoas famintas literalmente a morrer à fome e de doenças até facilmente evitáveis/curáveis. Mas, sendo a principal culpada, a Arábia Saudita, não é a única! São também os hipócritas que andam sempre com a democracia e os direitos humanos na boca, com os EUA à cabeça, mas que lhe vendem biliões de dólares em armamento e que depois, para além de ela apoiar os criminosos do DAESH e da al-Qaeda, massacra o Iémen, e a sua imprensa quase silencia. As fotos de outros milhares de meninas e meninos esqueléticos, chegam-nos quase só através das redes sociais. E porquê? Porque ao contrário da Arábia Saudita, que tem a segunda maior reserva de petróleo do mundo, o Iémen, é um país pobre.
Portanto, aqui fica a nossa modesta contribuição para divulgar a tragédia do povo iemenita que deveria mobilizar a opinião publica mundial, mas não mobiliza, porque, como já dissemos e se constata, é quase silenciada.