Em meados de junho o país, em particular Cascais/Lisboa, foram invadidos pela Harley Davidson (HD), aquele ícone global que provoca sonhos a quem as tem e  a quem as ouve passar. Na verdade esta foi uma invasão muito, muito positiva. Não sei quantos milhões de euros foram por cá gastos mas sei que foram muitíssimos: 30 mil motos e 50 mil pessoas de 100 países é obra. Era muito bom que as contas fossem divulgadas, a receita para o país mas também o investimento; muita receita com investimento mínimo, como convém.  Tenho para mim que dificilmente haverá um outro evento que seja tão rentável ao país. Ao que sei este Encontro Anual Europeu da HOG é o maior no velho continente. Relevante é em sete anos repetir o nosso país, Cascais recebeu o Encontro em 2012 e voltou agora em 2019. Isto é muito relevante e positivo, não é por acaso é porque Cascais oferece umas condições ímpares. Cascais pôde testemunhar coisas fantásticas, tudo o que hoje por aí muito se apregoa e pouco se pratica. Não vi um polícia, um papel no chão, uma voz mais alta… vi peças de arte com rodas, um são convívio multicultural, uma perfeita interação entre a população local e os milhares de visitantes, vi muita gente na praia, muitas motos a passear, muita gente que nunca se tinha visto a conviver, etc. Ora é aqui que surge Setúbal e tudo à volta. Esta terra tem tudo para receber as Harley um ano destes. Se olharmos para Portorož na costa do mar Adriático da Eslovénia, onde em junho de 2020 se vai realizar o 29º Encontro, vemos um cenário muito semelhante a Cascais e que Setúbal também tem para oferecer. Porque não Setúbal ambicionar receber o grande Encontro Europeu HOG? Não vejo uma razão para que assim não seja. O país tem experiência recente com muito sucesso, certamente que a HD Portugal vai ajudar, assim como os diferentes Chapter nacionais. O Harley Riders Setúbal nos próximos dias 28 e 29 de setembro será um excelente banco de ensaio; daqui até a um Encontro Europeu HOG vai muita distância, mas em cima de uma Harley isso não conta, basta todas as partes quererem, a começar por Setúbal.