Os amigos de Trump consideravam-no um forte candidato ao Prémio Nobel da Paz.
O homem que reforçou o apoio a um dos maiores crimes da história da humanidade, o genocídio em Gaza. Onde já foram mortas cerca de 70 mil pessoas. Muitas delas à fome. Milhares de crianças, membros de organizações de assistência, jornalistas, funcionários das Nações Unidas, médicos, etc. Mas também na Cisjordânia onde colonos israelitas expulsam e matam agricultores palestinianos nas suas terras.
Perante a onda de indignação e revolta, não lhe foi atribuído, mas os seus apoiantes não ficaram muito desiludidos a uma vez que a contemplada, foi a admiradora/vassala, Corina Machado, que lhe dedicou o prémio.
Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz de 1980, em carta que lhe endereçou que circula na internet e cuja leitura na íntegra, sugiro vivamente:
“…O governo venezuelano é uma democracia com seus altos e baixos. Hugo Chávez abriu caminho para a liberdade e democracia do povo e lutou pela unidade continental; foi um despertar da Pátria Grande (…) Onde antes havia barracos nas montanhas sobrevivendo na pobreza e na miséria, hoje há moradia digna, saúde, educação e cultura. A dignidade do povo não se compra nem se vende. (…)
Estou surpreso com o quanto você se apega aos Estados Unidos, e você deve saber que eles não têm aliados nem amigos, apenas interesses. As ditaduras impostas na América Latina foram instrumentalizadas por seus interesses de dominação, destruindo a vida e a organização social, cultural e política dos povos que lutam por sua liberdade e autodeterminação. Nós, o povo, resistimos e lutamos pelo direito de sermos livres e soberanos, não uma colónia dos Estados Unidos. (…)
Corina, pergunto-lhe. Porque pediu aos EUA que invadissem a Venezuela? Quando recebeu o anúncio de que receberia o Prémio Nobel da Paz, dedicou-o a Trump. O agressor do seu país, mentindo e acusando a Venezuela de narcotráfico, uma mentira semelhante à de George Bush, que acusou Saddam Hussein de possuir “armas de destruição em massa”. Eu estava em Bagdad no final da guerra, no hospital pediátrico, e vi a destruição e as mortes causadas por aqueles que se proclamam defensores da liberdade. A pior forma de violência é a mentira. (…)
Preocupa-me que você não tenha dedicado o Prémio Nobel ao seu povo, mas sim ao agressor da Venezuela.”
Cá pelo Burgo e não só, há mais farsas. Mais duas: o PCP, embora com o reconhecido melhor candidato em Lisboa, acham os críticos que mesmo assim, não devia ter apresentado candidatura própria e aliar-se ao PS contra a direita. Em Santiago do Cacém, não tossiram nem mugiram quando o PS se aliou ao PSD, CDS e IL, não para derrotar a direita, mas o próprio PCP/CDU. Outra; os EUA eram o maior apoiante da Ucrânia e cobravam através de terras raras e cereais. Mas isso podia ser incerto. E Trump, pragmático, decidiu que seriam os aliados europeus a fornecer as armas. Mas, evidentemente, compradas e pagas aos EUA. E Nuno Melo, solícito, de imediato, prometeu 50 milhões.