Enquanto entidade que tutela a nível mundial o futebol, o futsal e o futebol de praia, a FIFA informou que, além de propor o alargamento de 12 para 16 equipas no torneio olímpico de futebol feminino, vai igualmente submeter à apreciação do Comité Olímpico Internacional (COI) que o futsal e o futebol de praia se tornem também modalidades olímpicas.
Recordo que o futsal já faz parte dos Jogos Olímpicos da Juventude (JOJ) desde 2018 e que o futebol de praia faz parte dos Jogos Europeus (JE) desde a sua primeira edição em 2015. Portugal, aliás, conquistou uma medalha de ouro no futsal feminino nos JOJ, feito que repetiu no futebol de praia masculino nos JE. Lembro também que Portugal foi campeão mundial de futsal em 2021 e de futebol de praia em 2001, 2015 e 2019.
É uma evidência que, com a sua projeção mundial, com o crescente número de praticantes e com a sua universalidade, o futsal e o futebol de praia justificam a integração na família das modalidades olímpicas. Em Portugal existem 42.963 jogadores de futsal e 1808 de futebol de praia.
Acresce que é justo reconhecer que, nos últimos anos, nenhuma outra modalidade cresceu tanto a nível mundial como o futsal.
Uma e outra são modalidades praticadas em todo o mundo por homens e mulheres, respeitando as exigências de universalidade impostas pelo COI. Por outro lado, as duas representam neste momento uma enorme garantia de espetáculo e emoção, com várias nações em disputa pelos respetivos títulos.
Se esta proposta da FIFA for aprovada pelo COI, o futsal e o futebol de praia vão aumentar ainda mais o seu número de praticantes em todo o mundo e todas as grandes nações vão investir no seu desenvolvimento. Por isso, é com natural entusiasmo e expetativa que aguardo pela sua decisão.
Ainda sobre o futsal, uma palavra para a seleção do Brasil que se sagrou campeã mundial, depois de um jogo emotivo com a Argentina. Parabéns.
Felicito, a terminar, a Confederação do Desporto de Portugal pela publicação de “O valor do desporto português, o seu financiamento (1996-2024) e o seu futuro”. Este trabalho estuda e analisa, com detalhe, a realidade do desporto português, com especial ênfase no financiamento público do associativismo. Igualmente importante, identifica três problemas centrais: a necessidade de Portugal conceber e aplicar um plano de desenvolvimento de desporto; a falta de generalização de uma cultura desportiva em Portugal; e, o subfinanciamento do sector desporto no Orçamento do Estado.
Entre outras conclusões, este trabalho defende a conceção de um plano estratégico de desenvolvimento do desporto em Portugal. Assino por baixo!
