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Fogos rurais: não baixar a guarda

Fogos rurais: não baixar a guarda

Fogos rurais: não baixar a guarda

2 Junho 2020, Terça-feira
Eurídice Pereira

A partir de 1 de junho, e até ao fim do mês, entrou-se no nível reforçado 3, o penúltimo, de prontidão de empenhamento operacional, no âmbito da diretiva nacional operacional que consagra o dispositivo especial de combate a incêndios rurais, para o corrente ano.
O dispositivo para o combate volta, pelo terceiro ano consecutivo, a ser reforçado. Também a diretiva financeira reflete reforço.

Nesta fase, a nível nacional, estão afetos 9 512 operacionais, 2 236 veículos e 60 meios aéreos. Todos os meios ficaram a 1 de junho disponíveis, com a limitação de 7 helicópteros, considerando que aguarda-se decisão do Tribunal Administrativo de Loulé de uma providencia cautelar interposta por uma empresa, no âmbito do concurso aberto em novembro último, pela Força Áreas. Obviamente que é essencial celeridade na decisão deste processo para juntar os helicópteros aos 53 meios aéreos já em posição. De qualquer modo importa referir que os recursos constantes do dispositivo nacional podem, e devem, ser posicionados em função do risco, pelo que essa gestão previne as eventuais necessidades nos locais onde esses meios aéreos deviam de estar.

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No caso do distrito de Setúbal estarão disponíveis, no nível máximo, 84 equipas, 470 operacionais, 114 veículos e 2 helicópteros, situados em Grândola e no Montijo. Dos 230 postos de vigia, 8 situam-se no distrito de Setúbal.

Portanto, o Governo fez o planeamento atempadamente e tornou-o público. Porque é justo deixo aqui uma palavra de reconhecimento ao Ministro da Administração Interna, o nosso conterrâneo Eduardo Cabrita, e a toda a sua equipa.

Aos operacionais, a todos eles, sem exceção, desejos de bom trabalho neste período sempre exigente e a certeza de que têm um lugar de honra pela sua imprescindibilidade e dedicação.

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Mas, é importante dar nota que haverá sempre menos necessidade de combater chamas se a atitude de cada um de nós for responsável. Cada pessoa é, nesta matéria, como noutras de que é exemplo o combate ao Covid19, uma peça chave, absolutamente imprescindível para os resultados finais. E agir com cautela e preventivamente é a maior homenagem que podemos fazer às mulheres e homens que elogiamos.

Se a preparação em emergência e proteção civil, para o ano de 2020, justifica o que escrevi , as alterações estruturais em curso, não podem deixar de ter uma referência maior.

De facto, está a ser desenvolvido um trabalho multidisciplinar que entende a necessidade de tornar o território mais resiliente ao risco de incêndio. Esses passos importantes tiveram expressão , no passado dia 21 de maio, em Conselho de Ministro. Foi aprovado o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, que se prevê ter um período de auscultação pública; foram aprovados um conjunto de diplomas sobre floresta e que tem na sua essência políticas de restruturação da paisagem; foi criado o programa de Transformação da Paisagem, destinado a “territórios de floresta com elevada perigosidade de incêndio”, entre outras iniciativas que, definitivamente, abordam as respostas aos incêndios rurais de forma integrada e vão ao miolo do problema.
É um trabalho hercúleo mas responde ao fundamental.

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, Mestre em Sociologia
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