A família, pelas piores das razões, é o grande tema do dia. Com tudo o que já foi dito e escrito obviamente que não vou acrescentar nada de novo. Em todos os escritos que por aí andam destaco e incentivo-vos a ler a Clara Ferreira Alves na revista do Expresso. Brilhante, como sempre. O que mais lamento é que a maioria dos meus compatriotas não tenha acesso a este texto e que a grande e esmagadora maioria não o consiga ler. Sim, esta é a pura e triste realidade e só por isto é que esta “conversa” da família anda por aí do jeito que anda.
E o que tenho eu a dizer? Digo veementemente que rejeito qualquer lição de moral, valores ou ética de quem quer que seja. Aprendi tudo isso no devido tempo nos locais certos, segundo o lugar e o tempo em que nasci; num país europeu nos anos sessenta. Sei perfeitamente quando piso o risco e não me porto bem. Não preciso que ninguém me diga e considero ridículo que alguém pense em legislar tal coisa; como se fosse possível legislar sobre ética. Como se fosse viável transferir alguma moral para quem não a tem? É matéria sobre a qual não escrevo mais uma linha porque, na verdade, não o merece. Apenas acrescento que se estivesse num qualquer gabinete com a responsabilidade de constituir uma equipa, obviamente a melhor, nunca, mas nunca excluiria os meus amigos e tão pouco a minha avó. Era só o que faltava. Se a lei o não me permitisse não estaria nesse gabinete.
Pobre país este.