30 Junho 2024, Domingo

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Estamos no ponto crítico!

Estamos no ponto crítico!

Estamos no ponto crítico!

, Médico
23 Novembro 2021, Terça-feira
Mário Moura - Médico|

Quando pomos um vaso de água ao lume e nos esquecemos de apagar o lume na altura certa, a agua vai fervendo e em dado momento evapora-se – ficamos sem água nesse momento a que chamarei “o ponto crítico”.

Pois há muito tempo que cientistas vêm dizendo que os equilíbrios da natureza estão sendo alterados pelos nossos procedimentos.

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Em especial depois da chamada “revolução industrial” e do explosivo progresso tecnológico, a nossa humanidade entrou num aumento explosivo da sua capacidade de produção de variados bens para que foi necessitando dum aumento igualmente explosivo de energia e foi busca-la à nossa “mãe terra”, ás suas entranhas delas retirando o petróleo, o carvão, o gaz e muitos matais como o ferro, os diamantes, o lítio e sei lá que mais a inventiva humana descobriu.

A par destas mudanças provocadas pela inventiva humana, operaram-se muitas mudanças sociais essencialmente conduzidas pelos anseios loucos dos homens pela riqueza e o poder.

E vão-se mudando as políticas e as relações humanas num esquecimento total dos equilíbrios da natureza – e devastam-se florestas, produzem-se detritos em enormes quantidades, alteram-se as habituais estações do ano, inquinam-se as águas, poluem-se os ares, alteram-se as biodiversidades.

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E aí estamos perante aumentos da temperatura do ar (lembramo-nos de ter temperaturas de mais de 40 graus?), caem chuvas torrenciais subitamente inundando terras e cidades, provocando deslizamentos de terras que obstruem estradas e soterram casas e pessoas, enquanto falta água em grandes zonas matando á sede plantas, animais e pessoas!

E já há anos que os cientistas alertam para os perigos desta caminhada, e já são 26 reuniões internacionais dos dirigentes das nações ( a última acabou há dias na cidade de Glasgow, na Escócia) sem que daí resultem alterações da conduta dos estados – mesmo dos mais ricos que por sinal são os que mais poluem).

Os governos desses países conduzidos por políticas ao serviço da tal produtividade de riqueza, vão fazendo orelhas moucas ás destruições dos mais pobres e ás alterações do clima que são a origem de todos esses dramas da natureza.

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Mas, tal como a água a ferver tem um ponto crítico em que desaparece, também as alterações dos climas que originam as tragédias a que vamos assistindo (e até também sentindo!) estão se aproximando do tal ponto crítico, que não nos fará desaparecer como a água, mas tornará p nosso planeta inabitável!!

Não serão os homens actualmente no poder que sofrerão as consequências, nem ainda os seus filhos, mas tememos muito pela vida e a felicidade dos netos. A natureza vai “gritando”, usando as suas armas,- homens, tomem juízo!

Os cientistas e técnicos apresentam provas, mas os homens que conduzem o mundo atualmente só pensam nos lucros dos seus capitais em jogo, seja a que preço for! Mas se o ar aquece em média acima de um grau e meio, dentro de algumas décadas atingimos mesmo o nosso ponto crítico, sem retrocesso.

E como se costuma dizer: não há plano B, Nem a lua ou Marte serão locais habitáveis!

Foi doloroso ouvir na COB26 um governante dum país constituído por uma serie de ilhas, chorando com uma foto dos netos nas mãos – dramático, mas real!

Como é possível não ter em conta que uma parte da calote gelada do nosso polo norte, com a dimensão do Canadá, se separou e vai descendo alguns centímetros para o sul, para as águas normas dos oceanos que subirão mais uns bons centímetros (e pensem que lá se vai o nosso Algarve ou a Costa da Caparica aqui ao lado !Amigos!).

Estamos mesmo aproximando-nos do nosso “ponto crítico” !

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