Caminhando na escuridão,
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Sem desejo nem destino,
Aguardando a perdição,
Que se avizinha bramindo:
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Assim permanecemos,
As cabeças consentindo.
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Se marcas outras douradas
Foram orgulho de outras gentes,
Porque vivem conformadas
Almas de tempos presentes?
Se heróis são espécie perene,
Porque dormem receosos?
Porque a mente o mundo teme?
Contendo achados poderosos?
Porque a voz se encontra opaca?
Se sublime e magna canta
Quando ao temor se escapa?
E no sussurro se levanta?
Todos nós respondemos,
Com lindos gestos encenamos
Que a riqueza não escondemos,
Quando o medo mais beijamos.