Aproxima-se o dia 8 de março, dia em que celebramos em todo o mundo as mulheres de todas as culturas, credos, idades e sensibilidades.
Ser mulher é uma dádiva. E nem preciso de enumerar aqui as razões de tal facto, que as conhecemos bem. Dentro e fora de cada sociedade e de cada cultura ou religião.
No entanto, sei que ainda há quem pense que ser mulher não é assim uma condição tão boa. E se as há, que as há, é porque as razões não são motivo de orgulho. Será necessário enumerá-las? Ainda são muitas, lamentavelmente…
E ser homem? É igualmente muito gratificante. O homem é o companheiro indispensável da mulher. Com cumplicidade em qualquer papel social.
Diremos todos: ser homem ou ser mulher é sempre gratificante.
Ou seja, ser gente é uma dádiva. E ser um qualquer ser vivo? Também, embora não esteja muito fácil sobreviver saudavelmente, em geral, nas mãos ou na vizinhança dos humanos. Desculpem-nos. Veem o seu mundo cada vez mais ameaçado. E se forem animais de estimação…? Bem, muitos são tratados o melhor possível, como elementos da família até, mas há sempre algo que se sobrepõe à sua vontade, frequentemente: a comodidade à liberdade, a rotina à descoberta, puxões constantes da trela…
Não há vidas perfeitas, dirá alguém. É verdade. Mas é sempre possível melhorar, não?
Voltemos a nós, às mulheres.
Há que dizer NÃO a qualquer tipo de violência. JAMAIS na nossa própria casa. Qualquer tipo de violência: física, verbal, psicológica…
Claro que a vida não é a preto e branco. E cada caso é um caso. E o amor é a melhor arma para combater a dor e a frustração. Ajudar e não atrapalhar ou magoar.
Sabemos que há cidadãos que não são felizes. Serão muitos?
Pois são. A felicidade é um estado de espírito em constante construção na relação com o outro e, sobretudo, no interior de cada um…
São os valores humanos que ajudam a aguentar e a avançar nessa construção que teima em criar novos desafios…
Há aspetos concretos do nosso mundo que podem ser melhorados, seriamente e rapidamente, como as condições de vida de cada um, a proteção social, o ambiente de trabalho, o ambiente natural, a escolarização e a educação…
Homens, vocês são os nossos companheiros indispensáveis na luta pela felicidade.
Qualquer união faz (mesmo) a força. Não é só na União Europeia. Ou nas Cimeiras. Ou nos parlamentos. Ou nos clubes ou nos condomínios.
É também e sobretudo entre homens e mulheres no quotidiano. Entre quaisquer seres humanos que se propõem unir para contruir projetos comuns e para o bem comum.
Quando o homem e a mulher se respeitarem verdadeiramente em todo o mundo, deixará de ser necessário assinalar o Dia Internacional da Mulher. Quando os seres humanos entre si se souberem respeitar todos os dias das suas vidas. E aprendam entre si a descodificar-se mutuamente nas suas diferenças e nas suas descobertas.
Mas ainda há mulheres maltratadas. Crianças maltratadas. Homens maltratados. Velhos maltratados. Seres vivos maltratados.
Apesar do suficiente espaço que o mundo tem para todos.
Um bom dia da mulher para todos.