Não convocar o atleta que ficou melhor classificado pela Selecção Nacional, sem qualquer justificação plausível, é inadmissível. Só há uma explicação, a triste e vergonhosa capitulação aos interesses clubísticos
Ocaso da não convocação do atleta ucraniano do Vitória para o Campeonato da Europa, depois de ser o melhor selecionado na Taça da Europa, é injustificável a todos os títulos – tanto desportivo como na solidariedade para com um povo vítima da guerra – e só pode gerar indignação e vergonha alheia.
Como pode ficar de fora o atleta que foi simplesmente o melhor de todos os que representaram a Selecção Nacional na competição anterior?
Como pode ser convocado para uma prova e, depois de ser o melhor, invocarem-se critérios absurdos para o excluir?
Nenhuma das explicações dadas até agora pelos responsáveis federativos convence. São desculpas esfarrapadas que procuram esconder a verdade.
Porque a explicação é simples: Como o Vitória não é um dos “grandes”, pode, no entender destes senhores, ser prejudicado em benefício dos interesses dos clubes maiores. O caso é tão descarado que até se fala abertamente de quem é o clube beneficiário desta decisão.
Mais do que uma injustiça para com o atleta Nazar Nynyk e uma afronta ao Vitória, esta triste decisão mancha o prestígio da Federação Portuguesa de Judo e envergonha todos os que gostam da modalidade.
