Choro e maldigo

Choro e maldigo

Choro e maldigo

30 Março 2022, Quarta-feira
Juvenal José Cordeiro Danado - Professor

Choro o uivo funesto dos armamentos

a metralha, os rebentamentos

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as terras assoladas em vendavais de explosões

o pavor das populações

e o terror espelhado no olhar das mães.

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Choro a chacina premeditada – qual engano!

a barbárie que leva tudo a eito

a ausência de compaixão e de respeito

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o desprezo animalesco p´lo ser humano.

Choro os velhos, as mulheres e os petizes assassinados

nos ataques cobardes perpetrados.

Choro as povoações arrasadas

as valas comuns e os feridos da procela

as famílias sem um teto, uma porta, uma janela

as vidas, tantas vidas destroçadas.

Choro de novos e de idosos os lamentos

os martírios e as mágoas d´uma nação

um povo massacrado por mil tormentos

a humanidade violentada pela traição.

 

E maldigo-te, ó desvairado senhor da guerra

cínica criatura narcisista

malvada besta-fera

histrião nazi-fascista.

Maldigo-te, ícaro enloucado de ambição

corrupto açambarcador de supérfluas abastanças

verdugo do próprio povo sem perdão

infame e cruento matador de velhos, de mulheres e de crianças.

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