As traseiras degradadas da rua José Osório de Oliveira, em Montalvão

As traseiras degradadas da rua José Osório de Oliveira, em Montalvão

As traseiras degradadas da rua José Osório de Oliveira, em Montalvão

, Professor
26 Abril 2021, Segunda-feira
Giovanni Licciardello - Professor

No bairro de Montalvão, localizado no espaço delimitado pelas ruas José Osório de Oliveira, Frei António das Chagas e da Misericórdia, encontram-se as traseiras dos prédios aí existentes , onde se localiza um barracão de dimensões apreciáveis, encostado aos edifícios da rua José Osório de Oliveira, lado direito relativamente a quem se dirige para a Misericórdia.

Nos anos 60 e 70, o referido barracão, incluindo um terreno circundante, serviu como oficina de reparação automóvel.

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Contudo, a partir dos anos 80 o imóvel deixou de ser utilizado, foi abandonado e como seria espectável e previsível, entrou em estado progressivo de degradação, com parte do telhado caído,

Alguns habitantes referiram preocupados que este local, não só é deficientemente iluminado, como é muito propício ao aparecimento e a proliferação de ratos, bem como lixo doméstico e entulho espalhado um pouco por todo o lado, constituindo naturalmente um perigo potencial em termos de segurança e saúde pública.

Quando um conjunto de edificações definem um espaço traseiro, por imperativo da sua orientação espacial, a tendência natural centra-se no embelezamento da parte da frente, negligenciando-se a parte de trás. Estes, pela sua especificidade, são locais pouco ou nada frequentados pelas pessoas, logo propícios ao abandono.

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O tecido urbano tem de se reinventar; logo estes locais devem passar a desempenhar uma outra função, muito mais integrada e apelativa.

As traseiras, pelas suas especificidades, situadas longe dos olhares, não tem tido utilizações que promovam a harmonia e enquadramento urbano, indispensável para tornar as nossas urbes, locais aprazíveis não somente para se residir, bem como para acções e iniciativas de lazer.

Uma das soluções possíveis, seria transformar o local num pequeno espaço verde, com diversões para garotos, nomeadamente baloiços.

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Na minha infância, deleitava-me com baloiços, escorregas, vai-vem, etc. Hoje todo esse mobiliário urbano tem vindo a desaparecer, devido a questões de segurança e também pela incorrecta e displicente utilização, que conduz inevitavelmente à sua degradação.

Evito sugerir esse local para estacionamento automóvel, porque a minha preferência é outra.

Todavia, é preferível termos um estacionamento, do que aquilo que está à vista.

Os únicos acessos possíveis para a referida zona, são efectuados por um túnel localizado entre a rua Frei António das Chagas e a rua José Osório de Oliveira, ou proveniente da Misericórdia.

Em função das suas características, todo este espaço é um local de pouca circulação automóvel e de uma apreciável circulação pedonal.

Desconheço se o referido terreno pertence à autarquia ou se é um espaço privado.

O bairro de Montalvão, cujo nome lhe advém da antiga Quinta de Montalvão, local onde existiam as famosas e saborosíssimas laranjas de Setúbal (hoje infelizmente quase uma miragem), é um bairro com características que lhe conferem alguma harmonia urbana.

Todavia, possui poucas zonas verdes e daí que poderia constituir uma solução possível, transformar estes locais actualmente degradados, em pequenas bolsas verdes. Ou, em alternativa, estacionamentos.

Ficam aqui as sugestões.

Constato com satisfação o recomeço das obras no cruzamento entre a Estrada dos Ciprestes, a Azinhaga de S. Joaquim, a Estrada de Palmela e a Rua das Galroas, com a futura colocação de uma rotunda.

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