Depois de anunciadas as medidas para fazer face ao aumento do custo de vida, era razoável que os cidadãos pudessem esperar um pouco mais de um governo que supostamente estaria solidário com aqueles que tem menos poder de compra, passando necessidades de vária ordem, onde medidas avulsas não resolvem o problema, porque é previsível que continue a escalada de preços, face aos elevados custos de produção.
Se pensarmos que aos custos de produção, para fazer chegar os produtos ao consumidor, estão também associados os custos de distribuição que exige também o consumo de combustível, a redução do IVA, poderia não acautelar a subida dos preços, tendo em conta os custos associados a toda a logística, pelo que a medida anunciada poderá não se reflectir na baixa de preços.
A seca e os elevados custos de produção, bem como o abandono do sector da agricultura, que em parte podem estar na origem do aumento dos preços, mediante a redução da oferta, deveriam levar o governo a implementar regras de apoio á produção, como uma forma mais eficaz de incentivar a mesma e de influenciar a descida de preços, tendo com fim último, minimizar o esforço financeiro dos consumidores