17 Agosto 2024, Sábado

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Antever e preparar

Antever e preparar

Antever e preparar

19 Junho 2020, Sexta-feira
Pedro Moço

2007 e 2020. Dois anos que muito têm em comum. Ambos iniciados com um largo horizonte económico e social para várias gerações e que de um momento para o outro – pelo menos para o cidadão comum – se tornou cada vez mais longínquo. O que têm também em comum é a geração que enfrentou e ultrapassou a crise em 2007. A mesma geração em duas crises económicas.

Trabalharam enquanto estudaram pois muitas vezes as bolsas não chegavam para todos ou mesmo para alimentação. Ou que não estudaram de todo. Jovens em formação que à altura viram sonhos, seus e dos seus pais caírem por terra, mas que ultrapassaram esses problemas quotidianos e viram finalmente a bonança depois da tempestade. Crise passada, é de referir que nos últimos anos, a subida do nível de vida nem sempre abarcava a população em geral – pleno emprego não é sinónimo de qualidade laboral, mas não me posso alongar por agora. Quando a vida ia de vento em popa ora que essa geração se depara com uma borrasca e terá, novamente, de passar a tormenta e não esquecer que mesmo conduzidos por um albatroz têm de segurar o leme e guiar o barco, unidos.

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Enquanto existem despedimentos impossíveis de evitar pois assim é a economia e a vida, infelizmente, alguns servem como um pódio para figuras menos felizes. Há semelhança desta guerra que vivemos, ainda que silenciosa, existiram momentos idênticos na nossa longa História. Momentos como este em que a sociedade e as próprias instituições estão mais frágeis – como é normal – são situações propícias para que figuras e movimentos colham frutos podres enquanto tentam açambarcar os alicerces do respeito, da democracia e da liberdade. Esses “ataques” não são fundamentados com fatos e provas, mas sim com hiperbolismos, medo e desconfiança. Ainda que errados e nonsense, vivemos num país livre e mesmo que não gostemos do que ouvimos é preferível ouvi-lo a prescindir dessa liberdade do outro.

Finalizo com as palavras intemporais de Winston S. Churchill sobre o papel do político ser simplesmente estar atento e antever o que vai acontecer amanhã, na próxima semana, mês ou ano e convoco as verdadeiras mulheres e homens da Democracia. Se assim continuarmos o caminho traçado está diante dos nossos olhos. Prudência. E mesmo que queira mudar o meu discurso e abordar outro tema, há sempre a História a perseguir-me. Com isto digo novamente, aprendamos.

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