Álvaro Cunhal: Uma herançade luta e um projeto de futuro

Álvaro Cunhal: Uma herançade luta e um projeto de futuro

Álvaro Cunhal: Uma herançade luta e um projeto de futuro

25 Novembro 2025, Terça-feira

No passado dia 10 de novembro, assinalou-se o 112º aniversário do nascimento de Álvaro Cunhal, figura incontornável da história política e cultural portuguesa.
Álvaro Cunhal foi um dos grandes protagonistas do século XX português. Intelectual brilhante, artista multifacetado e, sobretudo, militante comunista, lutador incansável pela liberdade e justiça social, a sua vida esteve profundamente marcada pelo combate à ditadura fascista, pela construção do Portugal democrático e pela defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores.
Na região de Setúbal, território de forte tradição operária e popular, o nome de Álvaro Cunhal ecoa não só pela sua ação política, mas também pelo simbolismo de resistência que representa.
Numa região de luta, marcada por um forte movimento operário, pelo dinamismo das suas associações e pelo pulsar de uma sociedade ativa, a ligação de Álvaro Cunhal a Setúbal não se esgota no trabalho político; é, antes de tudo, um laço afetivo e de reconhecimento mútuo. Foi na região de Setúbal que muitos dos ideais defendidos por Álvaro Cunhal encontraram e encontram terreno fértil para florescer, seja nas fábricas e locais de trabalho, nas escolas, nas ruas ou nos bairros populares.
Num tempo em que a memória histórica tantas vezes é desvalorizada ou instrumentalizada, celebrar a vida e obra de Álvaro Cunhal significa afirmar a importância de manter viva a chama dos que lutaram por uma sociedade mais justa e renovar o compromisso coletivo com os valores da democracia, da liberdade, da igualdade e da solidariedade.
Mas não basta exaltar o passado; é fundamental transformar a inspiração em prática, seja na defesa dos direitos dos trabalhadores, no combate à exclusão social ou no fortalecimento da democracia.
O povo e os trabalhadores desta região são testemunho vivo de que com Álvaro Cunhal aprendemos a não desistir, a lutar por um mundo melhor, liberto de todas as formas de exploração e é, por isso mesmo, que não vai nas cantigas daqueles que procuram confundir opressor com resistente, ditador com democrata, fascista com libertador.
Por muito que tentem reescrever a história, por muito que as vozes mais boçais dos nossos dias implorem por Salazares, com saudades dos tempos de miséria, guerra e ditadura, esta região não esquece o legado de Álvaro Cunhal e de outros democratas que deram o melhor de si pela construção de um Portugal desenvolvido, democrático e livre e que nos transmitiram um projeto empolgante de erguermos um mundo novo.

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