Alto do moinho e cruz de pau celebraram a multiculturalidade e a paz

Alto do moinho e cruz de pau celebraram a multiculturalidade e a paz

Alto do moinho e cruz de pau celebraram a multiculturalidade e a paz

, Ex-bancário, Corroios
18 Abril 2023, Terça-feira
Francisco Ramalho

Tal como O SETUBALENSE anunciou em detalhe na sua edição do passado dia 4, teve lugar no Pavilhão Municipal do Alto do Moinho, de 12 a 16 deste mês, o 14.º Encontro Intercultural Saberes e Sabores, realizado pela Câmara Municipal do Seixal, Junta de Freguesia de Corroios e Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho (CCRAM).

A comunidade imigrante do concelho do Seixal e o movimento associativo celebraram a convivência e a festa através da gastronomia, música, dança, teatro, desporto, artesanato, poesia e debates.

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O evento foi co-financiado pelo Fundo Para o Asilo, a Migração e a Integração e contou com o apoio de vários patrocinadores, nomeadamente da Maxmat, do E.Leclerc, da Quinta da Valenciana e da Padaria Central de Pinhal de Frades. Além dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), participaram também Cuba, Venezuela e Paraguai.

No sábado, o Moto Clube de Corroios percorreu a freguesia com as bandeiras desses países. Foi um bom exemplo de tolerância e sã convívio que nos engrandece. Também no sábado, os núcleos do Seixal e Almada do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) organizaram um almoço no Clube Desportivo e Recreativo da Cruz de Pau.

Vítor Paulo interpretou, com agrado geral, canções de Zeca Afonso. Depois, usou da palavra o vice-presidente do CPPC, Rui Garcia, que alertou para o momento muito perigoso que vivemos, cujo principal protagonista são os EUA.

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Com as suas 800 bases militares por todo mundo, algumas delas mesmo na Europa, equipadas com armas nucleares, e a sua liderança da NATO, que se expande para leste, visando a Rússia e a China, colocam em perigo a paz mundial.

A par de outras guerras, como a da Palestina imposta por Israel, Saara Ocidental e as ainda não resolvidas do Iémen, Iraque, Síria, Líbia, temos na Ucrânia, como o orador disse, e não da Ucrânia.

Porquê? Porque os principais protagonistas são a Rússia e os EUA. A UE, numa triste vassalagem a estes, é arrastada. Uma guerra que foi fomentada, dura há nove anos com elevados custos e a manter-se pode ter outros ainda bem piores. Tudo isto, mais as sanções que os EUA impõem aos países que não se lhe subordinam, é o que Rui Garcia considera imperialismo.

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Mas, uma nova ordem mundial está a emergir. E nem é por motivos ideológicos. Os chamados Brics – China, Rússia, índia, África do Sul e Brasil com outros possíveis membros – é a resposta ao imperialismo norte-americano. Sobre o 25 de Abril interveio, também, o presidente da direcção da Associação Conquistas da Revolução e da Assembleia Geral do CPPC, o coronel Batista Alves, que o enalteceu e considerou “um acto de paz”.

Chamou a atenção para o muito que já se perdeu, exortou os que comungam os seus ideais, a continuar batendo-se por eles. A Constituição, apesar das sucessivas revisões, considerou, ainda salvaguarda muito dos seus princípios. Portanto, no concelho do Seixal, celebrou-se a interculturalidade, a democracia e a paz.

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