A singularidade das coisas banais

A singularidade das coisas banais

A singularidade das coisas banais

19 Setembro 2024, Quinta-feira
Vereadora do Partido Socialista

De Gâmbia a Azeitão, a higiene e limpeza urbana é uma preocupação e têm sido alvo das mais variadas intervenções em reunião de câmara por parte dos vereadores do Partido Socialista. Infelizmente tornaram-se problemas crónicos nesta cidade, que conta apenas com um empurrar com a barriga, o que se traduz no aumento do volume de lixo e na falta de limpeza das ruas o que tem motivado, cada vez mais, o descontentamento, perante molots e ecopontos a abarrotar, chão sujo, restos de comida e papelão espalhados nos passeios, monos conferindo ao olhar uma espécie de náusea, não há como não ver e sentir o odor.
Nesta história diária temos vilões e heróis, mas o que sabemos é que a manutenção da limpeza e higiene são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Devem também ter um caráter contínuo as intervenções no espaço público, como varreduras, lavagem de ruas, limpeza de valetas, sarjetas e sumidouros, despejo de papeleiras, recolha de monos, controlo de pragas, lavagem de contentores e ecopontos. Mas também apostar-se na educação e conscientização, fiscalização para desencorajar comportamentos inadequados e garantir que todos contribuam para a limpeza da cidade e os vilões sejam cada vez em menor número.
As coisas banais do nosso quotidiano estão aos olhos de todos, e apontam para a necessidade latente de reforçar os serviços de limpeza pública e quem sabe até, o caminho seja também a realização de campanhas de sensibilização para a importância da limpeza pública, e a criação de grupos de reflexão do espaço público que nos permita implementar soluções inovadoras, promotoras de uma cidade limpa e sustentável.
Guimarães, cidade reconhecida pela excelência na área da limpeza e higiene urbana, implementou projetos como o ECOPONTAS, o PAPACHICLETES, de forma a promover a redução da acumulação das pontas de cigarro e as pastilhas elásticas e o WCão, que passa pela criação de mobiliário urbano, onde é possível o depósito dos dejetos, o reaproveitamento das águas pluviais, o seu tratamento por filtragem e a sua disponibilidade em forma de bebedouro na base da estrutura. São apenas exemplos entre tantos outros.
São vários os desafios que a limpeza urbana enfrenta por Setúbal, mas são também muitas as respostas dado o conhecimento da população e os seus hábitos, e aplicando a criatividade e inovação nesta área especifica talvez se consiga almejar uma era de ouro na limpeza e higiene urbana.
A singularidade das coisas banais, quotidianas e essenciais não pode viver de intenções inconsequentes porque o que se quer é o melhor para Setúbal e entender, que para evoluir é fundamental mudar o caminho, mudar o discurso e mudar a desculpa… afinal de contas velhos caminhos não abrem novas portas.

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