Até ao início de 1942, a Alemanha nazi e os seus aliados obtiveram grandes e numerosas vitórias na Europa, na Ásia e em África. Em setembro de 1942, os alemães entraram na cidade soviética de Estalinegrado. Foram mais de dois meses de intensos combates, sem que os nazis conseguissem ocupar toda a cidade. Hitler deu ordens às suas tropas para lutar e não recuar. Como a cidade era um ponto estratégico para os soviéticos, estes, em novembro de 1942, iniciaram uma poderosa ofensiva. Em fevereiro de 1943, as tropas alemãs renderam-se. Foi o fim do mito da invencibilidade do exército alemão e um momento decisivos da guerra, abrindo a frente leste da ofensiva dos Aliados que, lentamente, marchariam em direção a Berlim.
Na Ásia, após a decisiva vitória das tropas dos E.U.A. contra os japoneses na batalha de Midway, militares ingleses e norte americanos assumiram a ofensiva. Outra parte das forças aliadas concentrou-se no Norte de África, região que, após vários e intensos combates, foi libertada do domínio alemão, passando o Mediterrâneo a ser controlado pelos Aliados. Abriu-se assim a segunda frente de combate europeia contra os países do Eixo. A partir de África, as tropas aliadas desembarcaram na Sicília, ilha italiana. Perante o êxito das tropas anglo-americanas, um movimento que incluía fascistas e opositores da ditadura obrigou Mussolini a demitir-se e assinou a paz com os Aliados. Contudo, Mussolini não se deu por vencido e organizou um governo fascista, em Saló, no Norte de Itália, com o apoio de Hitler. Pouco tempo depois, italianos com a ajuda dos Aliados libertaram a cidade de Roma e acabaram por vencer os fascistas resistentes, em 1945. Esta libertação comemora-se a 25 de abril. O ditador italiano e a sua companheira, Clareta Petracci, foram capturados, mortos e dependurados por populares italianos numa praça de Milão.
A terceira frente de combate europeia foi aberta pelos Aliados quando as suas tropas desembarcaram na Normandia – noroeste de França- no dia seis de junho de 1944. Esta operação foi chamada Dia D, em código, para que os alemães não tomassem conhecimento da data através das transmissões por rádio. Apanhadas de surpresa, as tropas alemãs foram derrotadas, mas não sem uma resistência encarniçada. O exército anglo-americano avançou em terras francesas e em agosto de 1944 libertou Paris, mantendo a sua marcha em direção a Berlim. Os ingleses e os norte-americanos, a ocidente, e os soviéticos, a oriente, avançavam para Berlim preparando-se para esmagar os alemães como uma tenaz. O exército alemão, combatendo em várias frentes, estava condenado ao fracasso. Hitler não desistiu: mulheres, crianças e idosos receberam armas e ordem para lutarem até à morte. Foi o último grito, este de desespero, do ditador alemão. Acossado, desesperado, humilhado, Hitler e sua mulher Eva Braun – tinham casado há quatro dias- suicidaram-se: Hitler com um tiro de pistola, Eva envenenou-se. A 8 de maio de 1945, os alemães renderam-se sem condições. Foi o fim da guerra na Europa.
No Pacífico, os avanços norte americanos eram dificultados devido à resistência do Japão. Destacaram-se os kamikazes, pilotos suicidas, que se lançavam, carregados de explosivos, contra os navios dos E.U.A. A palavra kamikaze significa «vento divino» e é uma homenagem ao tufão que, no século XIII, impediu que o Japão fosse invadido por Kublai Khan- Grande Cã do Império Mongol. É de referir que os aviões kamikazes levavam combustível apenas para a viagem de ida. Com vista a obter a rendição do Japão e a mostrar ao mundo, nomeadamente a Estaline líder da União Soviética, o poderio militar norte americano, o líder dos E.U.A. mandou lançar duas bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. A 19 de agosto de 1945, deu-se a rendição incondicional do Japão. Oficialmente, foi o fim da Segunda Guerra Mundial.