14 Agosto 2024, Quarta-feira

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A Revolução dos Cravos deve inspirar a reflexão sobre o modelo de sociedade

A Revolução dos Cravos deve inspirar a reflexão sobre o modelo de sociedade

A Revolução dos Cravos deve inspirar a reflexão sobre o modelo de sociedade

24 Abril 2020, Sexta-feira
Nuno Costa

A Revolução de Abril constitui uma realização histórica do povo português desencadeada pelo heroico levantamento militar do MFA, logo seguido de um levantamento popular que derrotou o fascismo, regime ditatorial que foi sinónimo de miséria, fome, repressão, guerra, degradantes condições de vida, subordinação dos interesses do país e do povo aos interesses de uma minoria de grandes monopolistas e latifundiários, alienação do interesse nacional aos interesses do grande capital.

Comemorar Abril é valorizar e homenagear quem heroicamente lutou contra a ditadura, a opressão, o esmagamento das liberdades e a limitação de direitos fundamentais.

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Celebrar Abril é recordar a conquista da liberdade de expressão, do direito ao salário mínimo nacional, do livre acesso à saúde e à educação.

Evocar Abril é manter vivo o combate às desigualdades, à precariedade e à exploração, através da união do povo em torno do objetivo comum de elevar as suas próprias condições de vida, contando para isso com o apoio do poder local, sempre conscientes de que tudo o que for conquistado nunca está garantido!

No actual contexto de isolamento social e das medidas restritivas motivadas pela pandemia de Covid-19, as comemorações da Revolução dos Cravos ganham ainda mais relevância e pertinência para reafirmar os valores da democracia e da liberdade. O 25 de abril pode ser assinalado de muitas formas, mas nunca deve cair no esquecimento, independentemente das circunstâncias.

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Talvez possamos aproveitar este período para refletir e repensar o nosso actual modelo de sociedade, baseado num feroz regime capitalista, e construir um que seja mais justo, solidário, humanizado, que não sacrifique os mais frágeis e vulneráveis, que os proteja e que seja mais igualitário. Este pode ser um ponto decisivo para planear o nosso futuro coletivo, tal como aconteceu há 46 anos, permitindo um novo avanço civilizacional baseado nos interesses da larga maioria da população e não numa minoria elitista que coloca o lucro acima de qualquer desígnio.

 

 

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