Na reunião de Câmara realizada em 03/05/2023 foi lida uma declaração política pelo vereador João Afonso que me retirava a confiança política como vereador do Partido Social Democrata de Montijo. Nessa mesma declaração sou acusado de “mercantilizar” o mandato para o qual fui eleito. No dia 05/05/20223 foi divulgado um comunicado da Comissão Política do PSD onde sou acusado do seguinte: “O vereador Ilidio Massacote afastou-se deste nosso compromisso ético e moral assumindo-se como colaborador do Partido Socialista.”. Diz a comissão política da secção do PSD que a smoking gun é a atribuição do apoio de 80.000,00 euros à companhia Mascarenhas Martins, isto por que: “a instituição onde o Vereador Ilidio Massacote trabalha e dirige irá participar como parte integrante dessa programação. O vereador (…) votou favoravelmente a proposta que directa ou indirectamente o beneficia, em claro conflito de interesses e afectando o erário público em dezenas de milhares de Euros, quanto se lhe impunha, nos termos da lei e da transparência a não participação na discussão e votação.”
Comecemos a desconstruir esta mentira insidiosa, que revela o caráter hediondo dos seus subscritores.
(i) O apoio atribuído à instituição em questão resulta de um concurso público nacional, onde o Município se comprometeu a apoiar aproximadamente 33% do orçamento daquela programação artística, sem esse apoio a Companhia não podia aceder a 180.000 euros de fundos nacionais;
(ii) O programa artístico que este apoio financia é público e anuncia várias iniciativas em que a Escola de Ensino Artístico Especializado – da qual sou fundador e onde desempenho funções de Diretor Pedagógico há 13 anos – irá participar. Entre os quais: dia 6 de Junho, Concerto de um duo de guitarras; dia 9 de Junho, Concerto de professores; dia 16 Julho, Ensaio geral da orquestra da escola;
(iii) Estas iniciativas são gratuitas, com entrada livre, não existe qualquer pagamento à Escola por parte da Companhia Mascarenhas Martins;
(iv) A Escola irá utilizar um espaço público, construído com dinheiro público, para divulgar o trabalho dos seus docentes e alunos e incluir na oferta cultural do Concelho o resultado da formação destes.
(v) Pelo que acima fica exposto, é mais do que evidente que não existe qualquer benefício pessoal direto ou indireto, não havendo, consequentemente qualquer conflito de interesses.
Agora as perguntas que devem ser feitas: desde 2016 quantos militantes do PSD foram vilipendiados pelo vereador João Afonso para alimentar a sua obsessão pessoal pelo poder? Quantos militantes foram acusados de serem “colaboradores do PS”? Será que os “hereges” expulsos pela seita do “deus Sol” são os que discordam? Será o PSD que está obrigado a elevados critérios éticos e morais ou os “Afonsistas” que estão obrigados uma espartana fidelidade ao “deus Sol”? Serão os atuais eleitos da cps do PSD Montijo que confundem moral e ética com seguidismo e bajulação ao amado líder? As respostas a estas questões estão implícitas e com o tempo mais claras irão ficar.
Em conclusão, o que é defendido pelos responsáveis locais do meu partido é uma mentira, mentira esta que usa como arma de arremesso uma Escola e os seus alunos para alimentar o meu saneamento político por já não ser útil à obsessão pessoal do” supremo líder” do PSD Montijo, defendendo assim que uma Escola atuar num espaço público de forma gratuita lesa o erário público em milhares de euros (cúmulo do ridículo).