A origem e o futuro da Maratona

A origem e o futuro da Maratona

A origem e o futuro da Maratona

8 Novembro 2023, Quarta-feira
Mestre em Treino Desportivo de Alto Rendimento

No passado domingo realizaram-se as Maratonas de Nova Iorque e do Porto, que reuniram milhares de corredores, com o objetivo de vencer a mítica distância de 42,195 km.

Maratona é o nome de uma cidade grega, situada a cerca de 40 km de Atenas. Conta-se que no ano de 490 a.C. se terá realizado a batalha de Maratona entre atenienses e persas. Os atenienses terão vencido e o soldado Fidípedes teve a missão de ir até Atenas dar a informação, tendo corrido tão rápido que ao chegar apenas disse “vencemos” e caiu morto pelo esforço.

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Nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna (em Atenas em 1896), realizou-se a prova da Maratona, na qual se percorreram 40 km em homenagem a Fidípedes. Os 42,195 km só surgiram nos Jogos Olímpicos de 1908, em Londres, pelo facto de a família real querer acompanhar a partida da prova a partir dos jardins do Palácio de Verão.

Portugal participa na Maratona pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912, tendo competido Francisco Lázaro, um corredor muito popular na época e que teria uma das melhores marcas de então (2h52m08s). Lázaro terá dito antes da partida que “ganho ou morro”. O calor extremo terá provocado a sua desidratação, o que levou à sua morte, terminando assim a participação portuguesa em drama.

Portugal estava, no entanto, destinado a escrever grandes páginas na história da Maratona. Em 1984, em Los Angeles, Carlos Lopes conquistou a primeira medalha de ouro olímpica do desporto português e no ano seguinte obteve a melhor marca mundial de sempre na Maratona de Roterdão (2h07m12s).

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Medalha de ouro que viria a ser repetida por Rosa Mota, em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seoul.

Na história da maratona olímpica, dar nota também que dois atletas com origens no distrito de Setúbal tiveram a honra de representar Portugal: Alberto Chaiça em Atenas em 2004 e Luís Feiteira em Londres em 2012.

Atualmente, a corrida da Maratona é muito mais do que uma competição desportiva. Vencer a distância é o sonho de muitos corredores amadores e a prova tornou-se num negócio crescente com enorme impacto financeiro.

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Um dado que comprova esta ideia, encontra-se expresso num estudo realizado por uma equipa de investigação da Universidade do Algarve e que estimou um impacto financeiro superior a 12 milhões de euros decorrente da Maratona do Porto em 2018. De referir, a título de curiosidade, que no passado domingo a Maratona do Porto contou com a participação de mais de 10 mil participantes de 66 nacionalidades.

Será possível que, no futuro, possamos ter uma prova da Maratona no distrito de Setúbal?

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