13 Agosto 2024, Terça-feira

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A milésima edição do Jornal O Setubalense

A milésima edição do Jornal O Setubalense

A milésima edição do Jornal O Setubalense

26 Janeiro 2023, Quinta-feira

Por ocasião da sua milésima edição, saúdo O Setubalense, decano entre os jornais de Portugal continental e o segundo mais antigo de todo o país, nas pessoas dos seus dirigentes e colaboradores, dos que hoje aqui trabalham e de todos os que por aqui passaram, ao longo destes quase 168 anos de história. As páginas d’O Setubalense acompanharam a história do nosso país ao longo de mais de século e meio, mas, em particular, acompanharam o devir histórico da região de Setúbal, sendo dele uma testemunha privilegiada.

Mil edições representam um momento emblemático na maioria dos projetos, mas, quando falamos da edição de um órgão de imprensa regional, haverá, sobretudo, que reconhecer e celebrar o seu inestimável contributo para o conhecimento, o enraizamento e a preservação das identidades regionais e locais e para a divulgação de uma informação de proximidade, e para conservação de traços culturais próprios. Mil edições representam, também, uma fonte histórica de inigualável riqueza sobre a região de Setúbal, uma fonte que, da perspetiva local, é particularmente completa e abrangente, onde podemos recuperar e encontrar a vida quotidiana desta região ao longo das épocas e através das mentalidades. Quero, por isso, manifestar o meu reconhecimento ao jornal O Setubalense, enquanto exemplo de dinamismo e resiliência.

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Sabemos que a comunicação social desempenha, numa sociedade democrática, um dos papéis mais relevantes, em termos de cidadania, de troca de conhecimentos, de informação e formação. A perspetiva local, a dimensão regional, é fundamental neste aspeto, já que sem uma imprensa regional forte, independente e devidamente envolvida nos assuntos locais e nos problemas específicos da sua comunidade, as sociedades ficam mais pobres e os cidadãos menos informados.

A imprensa regional está amplamente consciente do país real em que se insere, designadamente, dos interesses, das preocupações e das ambições locais e, por isso, cabe-lhe assumir a defesa do que lhe é próximo, reivindicando com tenacidade a atenção que lhe é devida, informando e formando os seus leitores de forma objetiva e credível.

Os órgãos de comunicação social enfrentam hoje reptos particularmente difíceis, que exigem, quer dos próprios, quer do Estado, um esforço permanente no sentido de serem encontradas soluções que possam responder, de forma eficaz, a esses desafios. Procurando dar resposta a estes desafios, e em colaboração com os parceiros representativos do setor, iremos proceder a uma revisão do atual quadro de incentivos à comunicação social, nomeadamente dos incentivos diretos, cujo regime foi fixado no ano de 2015 e que, como tal, carece de nova avaliação.

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Se podemos dizer que defesa da democracia é inseparável da luta por um jornalismo capaz de fomentar a cidadania enquanto prática ativa, transformando os cidadãos em leitores informados, instruídos e capazes de participar no debate político e social, essa defesa será sempre amputada se prescindirmos da perspetiva local e regional e do trabalho incansável de projetos como O Setubalense.

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