A síntese das declarações dos diversos responsáveis do Vitória, que publicamos nesta edição, dificilmente poderia ser mais animadora. Todos testemunham paz no clube e o espírito geral é de confiança no futuro. Não é tudo, mas é a base de tudo.
Os presidentes da assembleia geral, David Leonardo, e da direcção, Carlos Silva, continuam a reconhecer a importância do papel do investidor, referindo, respectivamente, que Hugo Pinto “deu mostras de excepcional qualidade” e que “sem o seu apoio, o clube enfrentaria dificuldades substanciais para operar e cumprir as suas obrigações financeiras”.
Os directores, nomeadamente Edinho, André Dias e Carlos André, falam numa “nova fase”, em “enorme confiança no futuro” e até em “renascer como a Fénix”.
O treinador da equipa principal de futebol, José Pedro, assegura que nunca tinha visto uma estabilidade financeira no Vitória como a que vê agora, nem mesmo nos tempos em que era jogador e o clube estava noutro campeonato.
O próprio detentor da SAD, apesar do enorme fardo financeiro que está a suportar, em vez de apresentar fadiga, mostra que continua a acreditar no projecto. Hugo Pinto diz estar “completamente confiante” de que o Vitória já entrou num novo ciclo, “muito positivo, de crescimento e recuperação”.
Perante estes testemunhos e com conhecimento de que acabaram os incumprimentos, os salários em atraso, o acumular de dívida e de que os Planos Especiais de Revitalização (PER), tanto da SAD como do clube, estão a ser cumpridos há quase três anos, o que mais podemos exigir?
Claro que podemos desejar; subidas de divisão e outros resultados desportivos, mas esses, apesar de tudo, podem esperar porque, mesmo sem títulos, continua a haver clube mas sem clube nunca mais haverá títulos.