8 Maio 2024, Quarta-feira

Envelhecimento ativo, saudável e positivo

Envelhecimento ativo, saudável e positivo

Envelhecimento ativo, saudável e positivo

Destacamos o artigo de opinião de Adelino Soares (Vice-presidente, 2023) publicado recentemente no jornal (A Voz de Ermesinde), um olhar sobre o lugar e os desafios do associativismo popular para um envelhecimento ativo, saudável, produtivo e positivo.

A Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030, declarada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2020, é a principal estratégia para construir uma sociedade para todas as idades, é uma oportunidade para potenciar ações de cooperação que visem melhorar as vidas das pessoas idosas, das suas famílias e das comunidades em que se inserem.

Um dos objetivos das associações, clubes e coletividades, é procurar quebrar barreiras geracionais, eliminar preconceitos e vencer discriminações, seguindo orientações que visam promover uma sociedade mais inclusiva e solidária para todas as idades.

A Constituição da República Portuguesa integra um conjunto de apoios para a população portuguesa, e no caso das nossas associação, clubes e coletividades, surgem artigos específicos na defesa de um futuro envelhecimento ativo, sugerindo o artigo 72º (Terceira Idade), “1. As pessoas idosas têm direito à segurança económica e a condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalização social”.

E no 2º ponto, “A política da terceira idade engloba medidas de caráter económico, social e cultural tendentes a proporcionar às pessoas idosas oportunidades de realização pessoal, através de uma participação ativa na vida da comunidade.”

Logo de imediato, fica-nos na retina “superem o isolamento ou a marginalização social” e “uma participação ativa na vida da comunidade”.

É exatamente esse o papel que das nossas, associações, clubes e coletividades. A responsabilidade de pensar iniciativas enquadradas em atividades que envolvam neste quadro em concreto, os mais velhos de nós.

Salientamos os desígnios e finalidades do projeto “Observatório do Associativismo Popular”, sendo proposto como objetivo assegurar às pessoas idosas uma vida digna, proporcionando um envelhecimento ativo e participativo, tendo como eixos de intervenção, o económico, social e cultural.

As associações, clubes de coletividades de cultura, recreio e desporto, constituem a “maior família” associativa em Portugal, e da economia social, constituem 32759, (46%) de associações, clubes coletividades, em 71885 organizações, sem fins lucrativos.

A promoção do envelhecimento ativo e positivo, nas diversas áreas de envolvimento associativo, em conclusão vários indicadores: trabalhar a participação dos idosos, enquanto associados, nos corpos sociais das associações, o que em si é muito positivo para o seu bem-estar ou ainda por via do envolvimento nas atividades aí desenvolvidas, a construção de “comunidade” que se obtém, quando os cidadãos se integram nas atividades associativas; melhorar a sua qualidade de vida individual, a diminuição de sintomas depressivos, de solidão, proporcionando maior saúde e felicidade; considerar a existência de outras associações específicas para determinadas atividades individuais, mas que, por razões de envolvimento mais amplo em associações, clubes e coletividades de cultura, recreio e desporto, permitem o envolvimento intergeracional.

Alicerçado em valores de entreajuda, fraternidade, solidariedade e cooperação, o associativismo popular desempenha um papel fundamental na integração social e territorial, visa assegurar a todos os idosos o acesso à cultura, ao lazer, à atividade desportiva, e, indiretamente, à construção de novos laços sociais e ao reforço da participação na vida da comunidade.

Temos trabalho a desenvolver.

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