2 Maio 2024, Quinta-feira
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Muita oposição e pouca uva

Setembro entrou chuvoso e a lembrar-nos da realidade das alterações climáticas. A par da reorganização que caracteriza esta época, também os processos agrícolas se adaptam, literalmente, ao(s) novo(s) tempo(s). As vindimas que começam todos os anos cada vez mais cedo, são um exemplo claro disso mesmo. É como se o planeta nos alertasse, para uma nova realidade e para a necessidade cada vez mais imperativa de preparar, planificar e mudar.

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Transpondo este statu quo para a realidade política nacional e mantendo a referência agrícola, é-me impossível não comparar o PSD ao Almanaque Borda D’Água (com todo o respeito que nutro pelo mesmo). O PSD continua agarrado às velhas receitas – como a da austeridade – e à adivinhação. Mesmo que refogada agora com exigências fiscais que antes abominava, a direita portuguesa teima em fingir que não vê que o esforço dos portugueses tem como fruto que possamos, ter hoje, o desígnio nacional de uma década de convergência com os países mais desenvolvidos da UE e de uma dívida pública a reduzir para menos de 100% do PIB.

O Partido Socialista tem lutado por resultados imediatos, sem descurar os de médio e longo-prazo que decorrem de mudanças estruturais delineadas, discutidas e planificadas. Em vez de discursos catastrofistas, procurámos soluções concretas. Ao contrário do que as oposições previam, encomendando o cenário da recessão ou da ausência de crescimento, Portugal, hoje, continua a não ter motivos para perder o sorriso.

O PSD, a propósito das soluções propostas para a habitação, chegou na passada semana, até a invocar, por comparação, o século passado. Para o Partido Socialista, a democracia não é um caso encerrado, sendo o debate salutar a sua expressão. A prioridade, no entanto, deve ser a melhor forma de rentabilizar o fruto do trabalho dos portugueses, da iniciativa das empresas e das medidas de política do Governo. A uva da discórdia é má de vindimar e a falha na identificação das transformações estruturais, apanágio da direita, foi de casta amarga para os portugueses.

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No final do primeiro semestre, a economia portuguesa destacava-se entre as congéneres europeias. Contas públicas equilibradas, investimento na educação e investimento produtivo. O país está mesmo a mudar.

Os problemas do país são reais e não se esgotam na retórica. Por isso, continuaremos a lutar por instituições promotoras das melhores práticas.

Ontem, teve início a Academia Socialista, em Évora. É uma iniciativa de debate dirigida a 80 jovens participantes que, durante cinco dias, pretende fomentar a discussão, através de palestras e de dinâmicas de grupo, sobre temas da atualidade e estruturantes para o País. Mais do que a geração mais qualificada de sempre, mais do que a geração que não perca o sorriso, queremos a geração que amadureça sem perder a motivação para a mudança. Até os Rolling Stones vão lançar um novo álbum em breve. Sejamos sempre assim, como eles: um eterno “Start me up”.

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