1 Maio 2024, Quarta-feira
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Os quarenta anos da licenciatura em Engenharia do Ambiente

“A experiência é uma lanterna pendurada nas costas que ilumina o caminho já percorrido, mas que nos permite ver um pouco do caminho a percorrer”, Confúcio

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Num destes fins de semana de estio, decorreu um muito alegre e animado repasto entre os amigos de um dos anos mais profícuos, de uma colheita excelente que está cada vez melhor e mais aprimorada, onde comemorámos os quarenta anos da conclusão da licenciatura em Engª do Ambiente, da Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de Ciências e Tecnologia).

Todos nós percorremos percursos comuns, mais ou menos sinuosos, com cadeiras, “cadeirões” e “sofás”, tal a dificuldade em fazê-las.

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As Análises Matemáticas em particular, eram os “sofás” mais difíceis de sentar, onde uma nota de “10”, equivalia a um “20”, tal a o grau de dificuldade e a satisfação com que ficávamos quando a conseguíamos fazer.

 

Fazendo um balanço à distância, da esmagadora maioria dos professores não temos nem boas, nem más recordações. Eram aquilo que eu denomino de militantes da indiferença activa que vamos encontrando muito por aí.

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Depois havia as “feras” que ainda eram uns quantos e que não deixaram saudades nenhumas.

Finalmente os professores admiráveis, em termos científicos, pedagógicos e relacionais; poucos, mas que nos deixam muitas saudades.

No fundo, um microcosmos daquilo que são as nossas sociedades.

Mas regressemos ao nosso almoço. Estes colegas e amigos que adquirimos na Universidade, vamo-los mantendo felizmente ao longo das nossas vidas.

Para além disso, acresce a alegria, a satisfação, o regozijo, o gosto, o privilégio de convivermos, ainda que por pouco tempo, mas felizmente de forma regular, com um conjunto de pessoas que foram importantes numa fase da nossa vida, em que somos ainda muitos jovens, para aspirarmos a ser adultos, tendo ainda como companheiros diários, o fim da adolescência e o início da idade adulta.

Passados todos estes anos estamos iguais: gente boa, excelentes amigos, que nos alegram a Alma, o Espírito e nos comovem sobremaneira.

Recordámos com muita emoção e saudade a Cristina, precocemente desaparecida.

Risadas constantes, alegria contagiante, boa disposição a rodos, sorriso abertos e sinceros, são estados de espírito comuns, todas as vezes que nos encontramos.

Os nossos amigos dessa época, são pessoas que povoam o nosso imaginário pessoal e afectivo.

Aí aconteceram as amizades, os namoros, as paixões, as aulas, as frequências, os exames, as patifarias, as estórias que ocorreram, os professores que nos marcaram, as vivências que tivémos, que nos moldaram o percurso e o carácter.

Mais uma vez, fomos recebidos pela amiga Helena, que, como sempre, é uma excelente anfitriã. Grande apreciadora de toda esta nossa região de Setúbal. Tem, portanto, um excelente gosto.

Conversas para aqui, conversas para ali, palmadas nas costas, beijos efusivos, abraços sentidos, conversas cruzadas, risadas prolongadas, situações de puro humor, passámos momentos privilegiados e combinámos outros encontros futuros.

Percorri com os olhos todos os locais de animação. As caras evidenciavam todas o mesmo.

Alegria genuína pelo reencontro. Um brilho intenso em todos os olhares.

É para mim uma grande honra e um enorme privilégio ter, conviver e usufruir com colegas e amigos desta estirpe e calibre que resgatam o nosso sentido existencial e que fazem as ocorrências da vida fazerem sentido, de facto.

Lena, Mena, Isa, Ana, Aninhas, Anabela, Madalena, Lili, Mário, Luís, Sérgio, Pedro, Luís Eduardo, Zé Eduardo, Rui, João Paulo, Leonor e outros amigos que circunstancialmente não estiveram presentes, fazemos todos parte de um afecto comum que se entrecruza e se completa.

Ao fim de todos estes anos, elas continuam muito bonitas. Um regalo para os sentidos.

Uma grande beijoca para todos!

Bem Hajam.

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