Como o título deste artigo expressa, entre ensinar e educar há uma grande diferença!
Ensinar e educar são direitos, liberdades e garantias pessoais consagrados na Constituição.
Estas expressões têm significados diferentes muito embora seja instituído que quando a criança ingressa na escola inicia a sua educação.
Ensinar é uma função que incumbe ao Estado através da escola pública. Não se devia chamar Ministério da Educação, mas sim Ministério do Ensino (como aliás se designa o Ministério do Ensino Superior).
Quando as nossas crianças/jovens testam a autoridade dos nossos professores ou têm comportamentos menos apropriados na escola, ou questionam os professores em diversas matérias/áreas, quantas vezes não ouvimos os nossos professores dizerem “na escola ensina-se, em casa educa-se”!?
Fazendo o “mea culpa” e porque sou dotada de um espirito muito critico, não direcionado aos nossos professores, mas ao sistema de ensino no seu todo, também os meus filhos foram alvo de “má educação”, porque lhes incuti um espirito critico questionando o porquê dos porquês!
Cabe aos nossos professores ensinar, transmitir e explicar os conhecimentos das diversas matérias lecionadas na escola às nossas crianças/jovens.
Educar é uma função que compete aos pais ou tutores legais. É um direito dos pais, mas também um dever. E em que consiste este direito/dever de educar?
Não há uma fórmula ou um método que se adopte para educar uma criança/jovem. Se é um direito dos pais educar segundo as suas convicções sem interferências de terceiros, cabendo aos filhos o dever de respeitar essas mesmas convicções, também é um dever dos pais cumprir com os direitos dos filhos!
E que direitos dos filhos são estes? O direito a ser cuidado (as necessidades básicas de alimentação/vestuário, de acesso à saúde, à escola) o direito a ser respeitado (pela sua personalidade) o direito a ser protegido (segurança familiar).
Eu, enquanto mãe, muitas vezes me questionei, muitas vezes li e reli textos sobre educar nas mais diversas etapas das crianças/jovens. Quantas vezes troquei experiências com outras mães na tentativa sempre de ser uma melhor mãe e não “falhar” na educação dos meus filhos! Exercendo o meu direito de educar os filhos sempre impus os meus princípios e valores! No cumprimento do meu dever de educar pautei-me pelo respeito e por uma democracia familiar! Convém ser séria e esclarecer, que quando a democracia familiar não estava a funcionar, deixava de ser uma democracia para ser um regime autoritário!
Nem sempre os pais conseguem moldar os filhos! E é bom que não consigam. É sinal que os filhos têm a sua personalidade. Temos é de saber adaptarmo-nos uns aos outros, respeitarmo-nos mutuamente e preparar os filhos, conscientemente, para a vida em sociedade!
Vou confidenciar-vos um episódio. Um dos meus filhos, num dia daqueles bem cinzentos com trovoada à mistura (num dia de zanga entre mãe e filha) disse-me “… mãe, tu não podes errar. Tu és o nosso exemplo. Não temos mais ninguém…”
Se me é permitido um conselho (embora não seja a melhor pessoa para os dar) sejam Pais e não tenham medo de “falhar”! Ninguém é perfeito e a perfeição não existe!
Educar não é fácil, pelo contrário, é deveras difícil, mas é uma missão extremamente gratificante! Haja esperança e melhores dias virão!
Ensinar nos dias de hoje, também é uma missão herculana (não serei a melhor pessoa para qualificar)! Haja esperança e melhores dias virão!
