27 Abril 2024, Sábado
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A Liberdade não está a passar por aqui

Há 49 anos, o 25 de Abril de 1974 marcou a viragem na vida de Portugal que estabeleceu a Democracia, a Liberdade de Expressão e de associação e a Igualdade de Direitos para todos. Proporcionou o acesso generalizado à Educação, à Saúde, à Justiça Social e a um sem número de oportunidades, até aí vedadas ao Povo português.

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Comemoramos também nesta data 48 anos de realização das primeiras eleições livres naquela que foi a maior participação de sempre num acto eleitoral, em que o Partido Socialista saiu vitorioso.

Nesta época festiva, temos ainda 47 anos sobre a entrada em vigor da nova Constituição da República Portuguesa que consagra Direitos, Liberdades e Garantias que nos permitem viver em democracia. Vivemos como democratas para sempre, em todo o País?

Nem pensar. No Seixal, qual aldeia gaulesa, vive-se uma espécie de prolongamento do PREC – Período Revolucionário em Curso – em que o Partido Comunista Português põe e dispõe do poder de forma totalitária, sem respeito pela diversidade política também escolhida democraticamente.

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Cumpre-se a forma, é certo. As eleições são livres e o PC sai vitorioso há mais de 40 anos. Mas a que preço? A Lei geral tenta combater as nuances de caciquismo, designadamente através da limitação de mandatos.

Mas não consegue atingir o criativo expediente de dependências com que os Comunistas monopolizam votos. Há compromissos e chantagens prévias aos actos eleitorais que são tão invisíveis como conhecidos de todos.

As instituições dependem dos apoios municipais e os lugares de influência são tomados pelo aparelho do partido, que coincide com o da Autarquia. A Festa do Avante é dos Comunistas e do Concelho, sem separação de meios ou de retornos políticos.

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As verbas do Poder Local são aplicadas no domínio das forças vivas da Comunidade, mais do que em projectos que respondam aos anseios da população e que projectem o Seixal na Região e no País.

Praticam-se ainda formas de condicionamento da expressão das forças minoritárias através do forte controlo da comunicação. Com esta política, o mais importante é que tudo fique na mesma, quieto e inquestionável. O essencial é a manutenção do Poder. O Desenvolvimento e a verdadeira Democracia podem esperar. Mas a Democracia é uma tarefa inacabada.

Deve ser alcançada, no dia-a-dia, através da afirmação de um Poder Local transparente e democrático. No concelho do Seixal, falta cumprir Abril na equidade de tratamento, no aprofundamento do diálogo com as juntas de freguesia, na relação com as instituições e agentes económicos do concelho.

Neste dia que nos resgatou do sectarismo, o Partido Socialista na Câmara do Seixal condena o ambiente totalitário do PC e a discriminação imposta às forças políticas da Oposição representadas nos órgãos autárquicos.

Exige ser ouvido nas propostas de outras forças políticas, reconhecer o exercício do direito da Oposição, de modo que, todos os partidos, contribuam para o clima de equilíbrio social e de desenvolvimento económico, cultural e ambiental.

Não há donos do 25 de Abril, como não há proprietários do poder autárquico no Seixal. Os Vereadores Socialistas na Câmara do Seixal prestam homenagem aos que deram a Portugal a oportunidade de se reencontrar com a Liberdade e com a Democracia, em 74.

E reafirmar os valores então conquistados para todos nós.

Viva a Liberdade! Viva o Seixal! Viva Portugal!

Eduardo Rodrigues
Candidato à Câmara Municipal do Seixal pelo Partido Socialista
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