25 Abril 2024, Quinta-feira
- PUB -
InícioOpiniãoCarris Metropolitana – Sinal Continua Amarelo

Carris Metropolitana – Sinal Continua Amarelo

A alteração do sistema tarifário na Área Metropolitana de Lisboa, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), constitui um forte incentivo à utilização dos transportes públicos.
Com a criação do Passe Navegante assistimos à redução muito significativa do preço dos transportes, o que resultou num acréscimo muito considerável na procura dos transportes públicos, que, infelizmente, não foi acompanhado do necessário reajuste destes meios de deslocação.
A Carris Metropolitana, um projeto de relevante importância estratégica para o desenvolvimento da Península de Setúbal, entrou em funcionamento no passado dia 1 de junho, nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal e, um mês depois, em Almada, Seixal e Sesimbra.
As espectativas depositadas neste novo operador de transportes públicos eram enormes, desde logo por disponibilizar uma frota de autocarros nova, moderna, tecnologicamente avançada e amiga do ambiente.
Seria expetável que de início se verificassem algumas dificuldades, mas a verdade é que continuam a subsistir falhas na prestação deste serviço (falta de informação aos utentes sobre horários, incumprimento de horários, significativos atrasos no funcionamento de vários percursos, …).
A título de exemplo, na carreira 4701, que faz o percurso entre Lisboa (Oriente) e Vale da Amoreira, no concelho da Moita, continuam a verificar-se falhas e deficiências na prestação do serviço, nomeadamente, quanto à frequência dos autocarros e ao incumprimento dos horários.
Por outro lado, e apesar de sucessivas promessas, nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, a rede da Carris Metropolitana ainda não está a funcionar a 100%, verificando-se que existem dezenas de linhas que continuam por operacionalizar.
Tendo em conta os problemas que se verificam sistematicamente, esta opção está a resultar em enormes prejuízos para as populações, que muitas vezes são obrigadas a recorrer a outras alternativas (comboio, táxi, …), o que acarreta despesas acrescidas nos orçamentos familiares, já de si fragilizados devido à crise económica que o país atravessa.
O administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa, empresa que gere a Carris Metropolitana, já admitiu que tem havido complicações, mas tardam soluções para os problemas que continuam a verificar-se.
Reconhecendo a importância desta opção da gestão pública em matéria de transportes coletivos na Área Metropolitana de Lisboa, uma via que permitiu reduzir significativamente o custo dos transportes, não podemos, porém, esquecer que os utentes da Carris Metropolitana têm direito a usufruir de um serviço público de transportes de qualidade. Por isso, urge encontrar soluções, que passam pela aplicação de medidas concretas com vista à urgente normalização do sistema de transportes públicos rodoviários nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal, Almada, Seixal e Sesimbra.
No que concerne a uma oferta credível de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa, o sinal continua amarelo … Até quando?

- PUB -

Mais populares

Cavalos soltam-se e provocam a morte de participante na Romaria entre Moita e Viana do Alentejo [corrigida]

Vítima ainda foi transportada no helicóptero do INEM, mas acabou por não resistir aos ferimentos sofridos na cabeça

Árvore da Liberdade nasce no Largo José Afonso para evocar 50 anos de Abril

Peça de Ricardo Crista tem tronco de aço corten, seis metros de altura e cerca de uma tonelada e meia de peso

Homem de 48 anos morre enquanto trabalhava em Praias do Sado

Trabalhador da Transgrua estava a reparar um telhado na empresa Ascenzo Agro quando caiu de uma altura de 12 metros
- PUB -