20 Abril 2024, Sábado
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“Uma economia que mata“

Durante todos estes dias em que a morte da RAINHA foi notícia constante, e em todos órgãos de informação, o mundo da política parece que parou, mais de 100 chefes de governo reuniram-se em Londres. E as monarquias ,como é evidente, disseram presente, mas igualmente presidentes e Imperadores.

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Mas esta paragem foi um fenómeno extraordinário – nunca visto – mas a violenta crise económica que se está a viver no mundo inteiro segue inexoravelmente o seu caminho – diz-se- agravada pela guerra na Ucrânia, pela crise dos combustíveis e pela  “luta de galos” entre os Estados Unidos da América e a China .

E se parece que o mundo parou, a fome continua em vários locais do planeta, a tremenda seca não abranda fruto das alterações climáticas e dos atentados à biodiversidade e à exploração desenfreada das variadas matérias- primas essenciais ao desenvolvimento tecnológico sem limites.  E aí temos a inteligência artificial, a ultrapassagem da velocidade do som, uma química que produz carne artificial, que desvenda os mistérios da matéria e das complexidades do corpo humano. Nunca pensei ver uma intervenção cirúrgica ao pâncreas usando sum robot!

E pensando nas realezas e nas monarquias , não consegui deixar de pensar  como no decorrer dos séculos o povo simples e escravizado se foi organizando,” levantando cabeça” chegando à simbólica “tomada da Bastilha” ou à revolta dos marinheiros do couraçado  Potemkin em  Odessa, e ao nascimento duma classe burguesa . E surgem as Repúblicas, tantas vezes titubiantes, e surgem as Democracias, teoricamente o “poder do povo”! Era a vitória?

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Mas se sacudiu o poder de elites hereditárias, o “trabalho” – a verdadeira raiz do progresso, foi sendo “engolido” pelo capital que hoje controla toda vida dos povos – o “capital” toma conta do poder!  Começou por prometer mundos e fundos para terminar num domínio absoluto da nossa vida atual. Mas estamos vivendo as consequências dos deficits, das dívidas externas, dos pacotes de ajuda, dos “paraísos fiscais”, dos “orçamentos” e tantas coisas mais, que com os “safanões” das guerras, dos sonhos imperiais “à Putin”, dos poderes militares e dos regimes económicos falhados nos levou  à crise atual ! E  como vai a Democracia – o poder do povo?

E nesta aparente paragem da vida política pela morte  da RAÌNHA (dizem que nem é necessário dizer o nome!), nesta concentração de mais 100 chefes de Estado, o atual modelo económico que nos rege é “uma economia que mata” diz o atual Papa Francisco, com uma lucidez impressionante !.  E hoje, quarta- feira, voltamos a encarar a realidade, que nunca parou ,duma crise que é urgente solucionar! Longe de mim desvalorizar a figura ímpar da Raínha Isabel II, mas até o Reino Unido está vivendo uma crise bem violenta! E como vai a Democracia -o Poder do Povo?

A realidade é que é urgente – urgentíssimo – que se consiga um equilíbrio entre o capital que – afinal – foi gerado pelo trabalho do povo. Torna-se, portanto, necessário que as Democracias aproveitem a situação atual em que as nossas sociedades estão algo “danificadas”, se reconstruam com uma economia que crie pontes e não fossos ou barreiras.

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E já que citámos Francisco – o Bispo de Roma – aqui vai um apelo especial aos que se dizem cristãos  que pensem bem na sua posição nas sociedades atuais e se lembrem que têm um mandato para lutarem por uma sociedade fraterna, solidária e lutadora “pelo bem comum” . Seria  mais um bem a acrescentar à personalidade de Isabel II que também era o topo duma Igreja – A  Anglicana!

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