25 Abril 2024, Quinta-feira
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A esperança e a luta voltaram em força à rua

Uns senhores ditos também amantes do 25 de Abril, à cata de protagonismo, fazendo-se de vítimas excluídas, tentaram baralhar os menos atentos e ofuscar a gloriosa efeméride. Mesmo contando com a colaboração de comentadores e medias da nossa praça, não conseguiram. Ela cala bem fundo no coração do nosso povo. Portanto, em todo o País, o 47º aniversário da Revolução dos Cravos, comemorou-se com entusiasmo, alegria, esperança e luta.

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No seixal, por todo o concelho, eleitos, dirigentes do Movimento Associativo e demais cidadãos, em diversas iniciativas, mais uma vez, comemoraram condignamente “o dia inicial inteiro e limpo”.

Em Corroios, por exemplo, o momento mais alto, foi a Exposição “25 de Abril em Corroios Sempre!” no jardim da Quinta da Água. Onde, perante o Executivo da Junta de Freguesia, eleitos da Assembleia de Freguesia, dirigentes do Movimento Associativo local e muitos fregueses, o presidente da AF, Manuel Guerra, e o presidente da JF, Eduardo Rosa, usaram da palavra.

O primeiro, referindo-se ao 45º aniversário da promulgação da Constituição da República Portuguesa, destacou a importância fundamental que a mesma atribuiu aos direitos de todos os cidadãos e cidadãs. Desde logo, o direito à participação em todos os órgãos do Poder Local Democrático, intervindo com as suas opiniões e propostas nas Assembleias de Freguesia e Assembleias Municipais, elegendo livremente os seus representantes a esse nível, assim como para a Assembleia da República, Parlamento Europeu e Presidência da República.

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Eduardo Rosa, destacou a importância no desenvolvimento regional, na qualidade de vida das populações, imprimido pelas Autarquias Locais com os seus dirigentes livremente eleitos.

À tarde, a tradicional comemoração popular com desfile na Avenida da Liberdade em Lisboa. Apesar dos condicionalismos de segurança relativos à pandemia, talvez para surpresa de muita gente, ele voltou a ser poderoso, colorido, alegre e vigoroso nas diversas palavras de ordem de luta. E com um aspecto muito interessante: a presença de muitos jovens.

É verdade que há bastante desilusão, muitos dos ideais de Abril ainda não se cumpriram, houve até retrocessos agora agravados com a pandemia, mas a culpa não é do 25 Abril. Se “as portas que Abril abriu”, já se encontram apenas entreabertas, ele permite que as voltemos a escancarar. Como sempre, estás nas mãos do seu principal protagonista; o povo.

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E Maio confirmou Abril. Excedeu mesmo as expectativas.

Respondendo à convocação da CGTP-IN, cumprindo as já referidas normas de segurança, dois poderosos e entusiastas desfiles, um partindo do Campo Pequeno e outro dos Anjos, confluíram para a Alameda D. Afonso Henriques, onde a líder daquela central sindical, Isabel Camarinha, sinal de que as injustiças persistem e até se agravaram, fez uma síntese das últimas lutas mesmo em tempos de pandemia, e das que se perspetivam. Sempre, como disse, na defesa dos direitos e justas aspirações dos trabalhadores. A multidão aplaudiu.

Francisco Ramalho
Professor, Corroios
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