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Gestão de coragem fica na história dos portos da região

Gestão de coragem fica na história dos portos da região

Gestão de coragem fica na história dos portos da região

9 Março 2021, Terça-feira
Francisco Alves Rito

Quando, no final de Maio de 2016, Lídia Sequeira foi nomeada para a Administração dos Portos de Setubal e Sesimbra (APSS) conjuntamente com o de Lisboa, expressámos a nossa preocupação com o risco de subalternização dos interesses da região que essa junção das administrações portuárias poderia representar.

Passados quase cinco anos, é justo reconhecer que esse risco não se concretizou. O forte impulso de investimento, estratégia e modernização do Porto de Setúbal deu um novo horizonte de futuro ao porto sadino. E o de Sesimbra também não foi esquecido. O mérito é de Lídia Sequeira, não só pela coragem e veia concretizadora que mostrou, mas também pela sensibilidade para com as questões locais. Enfrentou a contestação às dragagens e abriu sempre a porta à cooperação com a cidade. A experiente administradora conquistou não apenas o seu lugar na história do Porto de Setúbal, mas também a nossa admiração.

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No entanto, o risco de uma gestão conjunta com o Porto de Lisboa não está afastado. O que agora funcionou foi, sobretudo, uma marca subjectiva, decorrente da personalidade da presidente em exercício pelo que o modelo continua a estar em causa.

Nada nos garante que, com outro responsável, menos sensível à região, os nossos interesses não sejam menorizados ou esquecidos no quadro de uma gestão feita a partir de Lisboa.

O tema volta a estar actual até porque a gestão conjunta ainda não provou nada. Aliás, como mostra o exemplo da fusão dos portos de Sines e do Algarve – cuja separação é já abertamente pedida por responsáveis como o presidente da Câmara de Sines -, os indícios são até no sentido contrário.

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