5 Maio 2024, Domingo
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O combate à corrupção

Através de uma petição promovida pela Associação Transparência e Integridade, a Assembleia da República volta hoje a discutir o combate à corrupção.

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Infelizmente a corrupção continua a ser um assunto atual e o seu combate continua a impor-se, não só para melhorar a nossa democracia, mas também para a tornar mais transparente e atribuindo mais rigor à gestão da coisa pública.

Um combate para credibilizar as instituições da nossa democracia, mas também um combate na defesa e na afirmação de uma cultura de responsabilidade democrática.
E se é verdade que a AR tem vindo a dar alguns passos no plano legislativo com vista a fortalecer esse combate, também é verdade que outros passos terão de ser dados.

Passos não só no plano legislativo, mas também ao nível dos meios técnicos e humanos dos órgãos de investigação criminal, que são decisivos neste combate, porque infelizmente o que temos assistido é que grande parte dos casos de corrupção que chegam a tribunal, proveem de denúncias de cidadãos e muitas vezes as entidades que investigam são confrontados com falta de meios, sobretudo numa era em que constatamos uma grande sofisticação dos instrumentos utilizados para a pratica dos crimes desta natureza.

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Quanto ao plano legislativo, Os Verdes destacam, duas matérias, que assumem uma importância absolutamente decisiva no combate que todos reconhecemos ser necessário travar.

Por um lado, a criação do crime de enriquecimento ilícito e por outro, a necessidade de reforçar o combate à criminalidade económica e financeira através dos Centros off-shore.
Na verdade, a impunidade com que os cidadãos, tantas vezes, vão assistindo, perante o enriquecimento “estranho” de pessoas que exercem Funções Publicas, não fragiliza apenas a ideia da Justiça, acaba por descredibilizar também o conjunto das instituições democráticas, criando fortes desconfianças sobre o seu funcionamento.

É também por isso que entendemos que a transparência que deve nortear a gestão da coisa pública, e sobretudo a responsabilização das pessoas que têm essa missão perante os cidadãos, exige, a nosso ver, a criminalização do enriquecimento ilícito, respeitando naturalmente as garantias Constitucionais.

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Quanto ao combate à criminalidade económica e financeira através dos Centros off-shore, todos sabemos que estes mecanismos são a imagem da injustiça que reina no sistema.

Os paraísos fiscais, apenas servem para os grandes grupos económicos e as grandes fortunas criarem mecanismos altamente elaborados, para fugir aos impostos ou para proceder ao branqueamento de capitais.

Bem sabemos que um Governo não pode impor o fim dos paraísos fiscais fora das suas fronteiras. Mas também sabemos que qualquer Governo pode e deveria ter a obrigação de canalizar esforços, junto dos restantes Estados e das Organizações Internacionais de que faz parte, para procurar medidas e encontrar soluções no sentido de acabar definitivamente com os paraísos fiscais.

É este impulso que, em matéria de combate á corrupção, se exige do Governo.

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