Universidade de Évora aposta nas ciências do mar em Sines com projecto de 1 milhão de euros

Universidade de Évora aposta nas ciências do mar em Sines com projecto de 1 milhão de euros

Universidade de Évora aposta nas ciências do mar em Sines com projecto de 1 milhão de euros

Porto de Sines

“As obras avançam, seguramente, no primeiro semestre deste ano” afirmou António Candeias, vice-reitor da Universidade de Évora para a Investigação

 

 

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A Universidade de Évora vai construir novas instalações para o seu já existente Laboratório de Ciências do Mar, em Sines (Setúbal), num projecto que ronda um milhão de euros, com apoios comunitários, previsto estar pronto em 2021.

“As obras avançam, seguramente, no primeiro semestre deste ano” para que o Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR) possa “começar a funcionar” nas novas instalações “em 2021”, disse hoje à agência Lusa António Candeias, vice-reitor da Universidade de Évora para a Investigação.

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As novas instalações vão “nascer” numa parcela de terreno do domínio público, localizada a norte do Cabo de Sines, cedida pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), indicou a Universidade de Évora (UÉ), em comunicado.

O contrato de concessão é assinado, esta quarta-feira, às 12:00, entre a UÉ, representada pela reitora, Ana Costa Freitas, e a APS, representada pelo presidente do conselho de administração, José Luís Cacho, nas instalações da administração portuária.

O CIEMAR é uma unidade interdepartamental da academia alentejana que funciona em Sines, desde 1990, em instalações provisórias cedidas pela câmara daquele concelho do litoral alentejano.

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Centrada na investigação, ensino e prestação de serviços, a infra-estrutura tem como objectivo “promover e executar actividades científicas, pedagógicas e culturais destinadas à melhoria do conhecimento do ambiente marinho, à inovação, ao desenvolvimento tecnológico e à utilização sustentável dos recursos marinhos, dando especial atenção à região costeira do Alentejo e à restante plataforma continental adjacente”, acrescentou a universidade.

Com a aposta nas novas instalações, graças à recente aprovação de uma candidatura ao programa operacional regional Alentejo 2020 (financiamento de 85%), a UÉ vai poder “alargar muito mais” o âmbito de actuação do CIEMAR, destacou António Candeias.

“Já tínhamos este polo em Sines e, nos últimos anos, tem sido nosso objectivo apostar muito nesta área do mar e da economia do mar, uma das áreas-chave para o desenvolvimento nacional e europeu, em sectores como a pesca, aquicultura, recursos minerais ou turismo”, argumentou o vice-reitor.

Por isso, esta é “a altura ideal para criar uma grande infra-estrutura dedicada às ciências do mar” e vai permitir “alargar o âmbito da nossa investigação, não só à parte do ambiente marinho, mas também ao desenvolvimento tecnológico e dos recursos marinhos”, vincou.

Segundo o responsável, na nova infra-estrutura laboratorial, a universidade vai poder ter um foco mais interdisciplinar, cruzando áreas como “a biologia, a biotecnologia, a geofísica os recursos minerais e, inclusivamente, as ciências do património”.

Outra das componentes da investigação e inovação no CIEMAR, acrescentou, vai ser “a da própria inteligência artificial e da questão da integração da transição digital para toda a economia do mar”.

“A aposta é continuar, de uma forma sustentada, a investigação que já se desenvolve no polo de Sines, muito na área dos recursos marinhos e da biodiversidade, mas incorporar componentes nas quais a UÉ tem competências de referência a nível nacional, como as da geofísica, da inteligência artificial e das ciências do património”, sublinhou.

O vice-reitor da UÉ adiantou ainda que, na sequência deste projecto, que tem o apoio da Câmara de Sines, “poderá seguir-se uma candidatura, ainda este ano, a fundos comunitários de um projecto transfronteiriço” para permitir ampliar ainda mais as valências do CIEMAR.

Lusa

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