Trabalhadores da PSA Sines e LaborSines prometem endurecer luta em setembro

Trabalhadores da PSA Sines e LaborSines prometem endurecer luta em setembro

Trabalhadores da PSA Sines e LaborSines prometem endurecer luta em setembro

Paralisação, que vigora desde segunda-feira e até domingo, tem como objetivo reivindicar a melhoria das condições laborais

Os trabalhadores da PSA Sines e LaborSines, a cumprir o segundo período de greve no Terminal XXI do Porto de Sines, prometeram esta quarta-feira endurecer a luta em setembro, caso a administração não dê resposta às suas reivindicações.

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“O que sai daqui hoje é uma motivação tremenda destes trabalhadores [para] endurecer as medidas de luta, caso a administração continue radicalizada e a não dar resposta aos [seus] anseios”, disse o secretário-geral do SIEAP, Cláudio Santiago, após um plenário realizado hoje junto da sede da empresa, em Sines.

O responsável do Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), que falava à agência Lusa, afiançou que, “durante o mês de setembro”, os trabalhadores estão prontos para “endurecer as medidas de luta”.

Os trabalhadores da PSA Sines e da LaborSines estão a cumprir o segundo período de greve parcial no Terminal XXI do Porto de Sines, às duas últimas horas de cada turno, convocada pelo SIEAP.

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A paralisação, que já decorreu entre os dias 11 e 17 e, agora, vigora desde segunda-feira e até domingo, tem como objetivo reivindicar a melhoria das condições laborais, como a evolução das carreiras e o horário de trabalho.

Cláudio Santiago, no final do plenário que juntou algumas dezenas de trabalhadores, disse que este segundo período de greve tem tido “uma boa adesão”, afetando operações portuárias.

“Das 12 gruas [em operação no Terminal XXI], ficam duas a trabalhar, o que para nós é sinónimo da adesão e do impacto” da luta destes trabalhadores, ilustrou.

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Ao longo deste tempo, têm sido feitas greves parciais para evitar “prejudicar as operações” e “penalizar os operadores portuários”, indicou o sindicalista, admitindo que, se o atual cenário se mantiver, os trabalhadores podem avançar para “uma greve total”.

Em causa, indicou, “está um horário [de trabalho] que foi unilateralmente alterado, sem escutar as estruturas dos trabalhadores e que tem prejudicado a [sua] vida”, com “uma carga [horária] tremenda durante o verão”.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, assinado pela diretora-geral da PSA Sines, Nichola Silveira, a empresa destacou que, em janeiro deste ano, aplicou a todos os colaboradores “o reajuste total do IPC [Índice de Preços no Consumidor] de 2,4%” e que, em abril, “foram efetuadas as atualizações de progressão automática a todo os colaboradores elegíveis”.

“Os colaboradores da PSA Sines são os mais bem pagos na indústria de terminais de contentores em Portugal, o que reflete o nosso compromisso com uma remuneração justa e competitiva”, referiu.

Segundo a diretora-geral, em setembro, “cada colaborador elegível receberá uma recompensa de 100 euros juntamente com duas refeições gratuitas na cantina”, como reconhecimento da “conquista recorde de 116.000 movimentos em julho na PSA Sines – a mais alta em 22 anos”.

Já em relação ao horário atualmente em vigor, a empresa sustentou que o “Tribunal da Relação de Évora, reconheceu que está em conformidade com as leis laborais portuguesas”.

Na mesma nota, a PSA alertou para os impactos desta greve, como a redução do volume de movimentos, nos fluxos comerciais de Portugal, no potencial declínio nas taxas de emprego e do quadro financeiro da empresa.

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