Trabalhadores da EuroResinas em greve pelo ajuste da grelha salarial

Trabalhadores da EuroResinas em greve pelo ajuste da grelha salarial

Trabalhadores da EuroResinas em greve pelo ajuste da grelha salarial

Funcionários da fábrica de Sines pedem ajuste da grelha salarial e o aumento extraordinário dos salários

 

Os trabalhadores da EuroResinas, em Sines, iniciaram às 00:00 de hoje uma greve para reivindicar o ajuste da grelha salarial e o aumento extraordinário dos salários, mas a administração diz estar disponível para dialogar.

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A paralisação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE SUL), resulta da “intransigência negocial e da insistência por parte da empresa em manter os baixos salários”, disse à agência Lusa o dirigente Jorge Magrinho.

Questionado sobre a adesão à greve, o sindicalista, que não quis adiantar números, revelou que “as fábricas de produção estão totalmente paradas desde as 00:00 de hoje” e apontou para “uma forte adesão dos trabalhadores”.

Por seu lado, em comunicado enviado à agência Lusa, a administração da EuroResinas, do Grupo Sonae Arauco, disse que a greve, “considerando os dois turnos”, contou “com a adesão de apenas um colaborador”.

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“No primeiro turno, que se iniciou às 00:00 e terminou às 08:00, nenhum colaborador se juntou à greve [e], no segundo turno, que começou às 08:00, a greve teve a adesão de apenas uma pessoa”, avançou.

A paralisação, que termina às 23:59 do dia 26 deste mês, abrange os cerca de 80 trabalhadores da EuroResinas – Indústrias Químicas, que produz resinas sintéticas e está situada no Complexo Industrial de Sines.

De acordo com Jorge Magrinho, no último protesto, em Janeiro deste ano, os trabalhadores conseguiram “um aumento de salário de 30 euros e mais 140 [euros] no prémio que vai ser atribuído em Março de 2023″.

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“Só que, devido ao aumento do custo de vida e da inflação, os 30 euros foram absorvidos, desapareceram e os trabalhadores, que têm salários baixos, sentem mais dificuldades”, argumentou.

Apesar do aumento salarial, o dirigente garantiu que “as negociações e as matérias que estavam no caderno reivindicativo não ficaram encerradas”, acusando a empresa de “discriminação salarial”.

“A meio deste ano, a empresa fez ajustes salariais a trabalhadores e o que queremos é que todos os trabalhadores sejam tratados por igual, porque todos passamos dificuldades, não pode haver discriminação entre sectores e trabalhadores”, acusou Jorge Magrinho.

No comunicado, a empresa reforçou a sua disponibilidade “para dialogar com os seus colaboradores e as suas estruturas representativas”, acrescentando que as exigências dos trabalhadores são “de difícil compreensão”, uma vez que ainda não teve início “o processo de revisão salarial”.

“Quaisquer medidas que impliquem o aumento de custos têm de ser aprovadas pelos acionistas no âmbito do orçamento anual, que está ainda em estudo” e que “contemplará uma proposta de revisão salarial e um conjunto de outras medidas que possam contribuir para mitigar os efeitos da inflação”, reiterou.

Segundo a administração da empresa, “com a maior brevidade possível, essas propostas serão do conhecimento de todos, de modo que as negociações possam iniciar-se”.

Esta unidade industrial dedica-se ao fabrico de resinas sintéticas à base de formaldeído, papel impregnado e ao comércio de metanol.

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