Criações artísticas são oriundas, não só de Portugal, mas também da Alemanha, Brasil, Espanha, França, Guatemala, Irlanda, Itália, Malásia e Reino Unido
O espaço público de Sines vai voltar a ser o palco principal da Mostra de Artes de Rua (M.A.R), que reúne, entre sexta-feira e domingo, 21 projectos artísticos, alguns premiados, em representação de 10 países.
Promovido pela companhia Teatro do Mar, de Sines, a M.A.R conta, este ano, com espectáculos de circo, instalação, teatro físico, dança, música, ‘site specific’ e jogos interactivos, explicou a organização.
As criações artísticas são oriundas, não só de Portugal, mas também da Alemanha, Brasil, Espanha, França, Guatemala, Irlanda, Itália, Malásia e Reino Unido.
“Os destaques da edição deste ano são muitos, porque vamos ter muitos espectáculos premiados”, revelou hoje à agência Lusa a encenadora e directora artística do Teatro do Mar, Julieta Aurora Santos.
Segundo a responsável, o público terá a “oportunidade única”, logo no arranque da mostra, na sexta-feira, de assistir ao espectáculo “Poi”, de D’es Tro, “o campeão mundial e campeão do Guiness de manipulação livre de piões”, numa fusão das artes circenses com o jogo popular do pião.
“É um brinquedo que faz parte das tradições mais antigas e este artista desenvolveu uma técnica absolutamente inacreditável que trabalha desde o pião pequenino ao gigante”, transformando essa sua habilidade num “espectáculo que tem sido premiado pelo mundo inteiro”, explicou.
Mas, ao longo dos três dias da mostra, não faltarão motivos para o público ‘ocupar’ os diferentes espaços públicos desta cidade do litoral alentejano, garantiu Julieta Aurora Santos, que destacou o espectáculo/concerto das francesas Les Filles du Renard Pâle, agendado para sábado, às 23h30, no castelo.
“É um espectáculo de circo e um concerto, em simultâneo, absolutamente brutal e vale a pena seguir a programação para assistir a esta performance”, sublinhou.
A 6.ª edição da M.A.R. inclui 30 apresentações, dos 21 projectos artísticos que constam da programação, reunindo um total aproximado de “100 artistas” que, segundo os promotores, voltam “a eleger a rua como o lugar privilegiado de encontro e partilha”.
De acordo com a encenadora, o programa conta igualmente com uma experiência performativa de duas artistas que convidam o público para “um percurso áudio guiado”, no sábado (19:15) e domingo (11:40), numa “viagem imaginária” pela cidade de Sines, onde se “mistura a realidade com a ficção”.
As apresentações dos espectáculos, performances e instalações dividem-se por 12 espaços públicos da cidade, desde a Alameda da Paz, ao castelo, Avenida Vasco da Gama e até uma antiga estação de comboios, entre outros.
O evento “é pluridisciplinar” e “as pessoas conseguem ver todos os espectáculos se organizarem bem as suas agendas”, porque “todos são escolhidos a dedo a pensar no público da cidade”, vincou.
“Tentamos que a distância física e temporal [entre espectáculos] seja a menor possível para permitir” ao públicos assistirem ao maior número possível de espectáculos, afiançou.
A 6.ª edição da M.A.R. encerra no domingo, às 16 horas, “com um espectáculo/parada para toda a família que mistura circo, equilíbrio e marionetas gigantes de cinco metros de altura que podem ser ‘cavalgadas’ pelas crianças”, acrescentou.