A Santa Casa da Misericórdia de Sines inaugurou, segunda-feira, 27, as novas instalações do Centro de Apoio à Vida (CAV) ‘Mãe Sol’ em Sines que contou com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.
Helga Nobre
Uma valência da instituição, criada em 2001, no âmbito do projecto de luta contra a pobreza, que acolhe mães solteiras e grávidas até aos 25 anos.
O espaço onde funcionava o CAV, em Vila Nova de Santo André, foi cedido à Misericórdia pela Administração do Porto de Sines (APS) mas, segundo o provedor deixou de ter condições para albergar as jovens mães.
“Era um espaço pequeno para a quantidade de mães e crianças e não tinha privacidade porque as jovens partilhavam os mesmos quartos. Impunha-se arranjar uma solução para este centro porque a casa também não tinha condições térmicas para assegurar o alojamento de tanta gente”, explicou Luís Venturinha ao Diário da Região.
Com a abertura do Lar Prats Sénior, em 2015, a Misericórdia desactivou o anexo I, um edifício que funcionava como lar de idosos, na avenida 25 de Abril, em Sines, e adaptou as instalações para receber a casa ‘Mãe Sol’. “Todo o espaço foi isolado, o telhado em fibrocimento e as janelas do edifício foram substituídos e, além do conforto, estas obras permitiram minimizar os custos de manutenção”, afirmou.
Num investimento de 90 mil euros, através de apoios públicos e privados, o espaço com uma dimensão de 200 m2, foi reabilitado para acolher sete mães e 7 crianças, garantindo a total privacidade de cada uma das jovens. “Vão passar a ter o seu próprio quarto e melhores condições para criarem os seus filhos”, acrescentou o provedor.
Na ocasião, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino reconheceu que o dever do Estado e das instituições de solidariedade social é inverter situações como os destas jovens mães solteiras.
“Ter filhos deve ser sempre uma opção consciente e responsável mas nem sempre é assim e o nosso dever é criar uma resposta para estas meninas que por vicissitudes da vida ficam grávidas e decidem ter um bebé, e, é dever do Estado apoiar e fazer o seu melhor”, sublinhou a governante que elogiou o trabalho feito pela Misericórdia de Sines.
A instituição tem uma equipa formada por uma directora técnica (assistente social), uma psicóloga e auxiliares de educação.
O centro proporciona abrigo e todos os cuidados necessários às jovens mães, vítimas de maus tratos, abandono, sem alojamento, desempregadas e sem apoio familiar, permite ainda criar condições que favoreçam o normal desenvolvimento da gravidez e promove a aquisição de competências pessoais, maternais, profissionais, escolares e sociais às jovens mães.